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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Espaço Confinado

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NB – ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO

OBJETIVO E APLICAÇÃO:

Os requerimentos desta norma são destinados à proteção local e dos trabalhadores contra os riscos de entrada em espaços confinados.

DEFINIÇÕES:

Abertura de Linha: É o alívio intencional de um tubo, linha ou duto que é ou tenha sido transportador de substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte ou qualquer fluído num volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão.

Aprisionamento: Condição de retenção do trabalhador no interior do espaço confinado que impeça sua saída do local pelos meios normais de escape ou que proporcione lesões ou a morte do trabalhador.

Área Classificada: É toda área onde existe a presença de gases combustíveis, onde são classificadas em grupos I e II, sendo o grupo II dividido em sub-grupo IIA, IIB e IIC e também em Zonas 01 e 02.

Atmosfera pobre de oxigênio: É a atmosfera contendo menos de 19,5 % de oxigênio em volume.

Atmosfera rica de oxigênio: É a atmosfera contendo mais de 23 % de oxigênio em volume.

Atmosfera de risco: Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto–resgate, lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

(1) Gás/Vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu Limite Inferior de Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL;
(2) Poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o Limite Inferior de Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL);

NOTA: Esta concentração pode ser estimada pela observação da condição na qual a poeira obscureça a visão numa distância de 1,5m ou menos.

* (Aguardar parecer de especialistas)

(3) Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5 % ou acima de 23 %;
(4) A concentração atmosférica de qualquer substância cujo Limite de Tolerância seja publicado na NR-15 ou em norma mais restritiva (ACGIH) e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse Limite de Tolerância;
(5) Qualquer outra condição atmosférica Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS ou IDLH – Immediately Dangerous to Health and Life);

Auto Resgate – Capacidade, desenvolvida pelo trabalhador através de treinamento, que possibilita seu escape com segurança, de ambiente confinado em que entrou em IPVS.

Avaliação de local: É o processo de análise onde os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos num espaço confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação dos testes que devem ser realizados e os critérios que devem ser utilizados.

NOTA: Os testes permitem aos empregadores planejar e implementar medidas de controle adequadas para proteção dos trabalhadores autorizados e para determinar se as condições de entrada são aceitáveis no presente imediato, antes e durante a entrada.

Circuito Intrinsicamente Seguro: um circuito ou parte dele é intrinsicamente seguro quando não é capaz de liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em condições normais (isto é, abrindo ou fechando o circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta à terra), causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

Condição de entrada: Condições ambientais que devem permitir a entrada em um espaço confinado onde hajam critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS): é qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que pode causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda.

NOTA: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes imediatos que apesar de severos, possam passar sem atenção médica, mas são seguidos de repentina possibilidade de colapso fatal após 12 – 72 horas de exposição. A vítima “sente-se normal” da recuperação dos efeitos transientes até o colapso. Tais substâncias em concentrações perigosas são consideradas como sendo “imediatamente” perigosas à vida ou à saúde.

Condição Proibitiva de Entrada: É qualquer condição de risco que não permita a entrada em um espaço confinado.

Emergência: É qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos equipamentos de controle e monitoração de riscos) ou evento interno ou externo, no espaço confinado, que possa causar perigo aos trabalhadores.

Engolfamento/Envolvimento: Condição em que uma substância sólida ou líquida, finamente dividida e flutuante na atmosfera, possa envolver uma pessoa e no processo de inalação, possa causar inconsciência ou a morte por asfixia.

Entrada: Ação pela qual as pessoas ingressam através de uma abertura para o interior de um espaço confinado. Essa ação passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que alguma parte do corpo do trabalhador rompa o plano de uma abertura no espaço confinado.

Equipamentos de Resgate: São os materiais necessários para a equipe de resgate utilizar nas operações de salvamento em espaços confinados.

Equipe de resgate: É o pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os trabalhadores dos espaços confinados em situação de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.

Espaço confinado: É qualquer área não projetada para ocupação contínua, à qual tem meios limitados de entrada e saída, e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que podem existir ou se desenvolverem.

Espaço Confinado representativo: É um simulador de um espaço confinado em tamanho de abertura, configuração e meios de acesso para o treinamento do trabalhador que não apresente riscos.

Inertização: É um procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma atmosfera potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluído inerte. Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.

Isolamento: É a separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido ao adentramento, de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não preparado ao adentramento.

Permissão de Entrada: É uma autorização escrita que é fornecida pelo empregador, ou seu representante legal, para permitir e controlar a entrada em um espaço confinado.

Permissão para trabalho a quente: É uma autorização escrita do empregador, ou seu representante legal, para permitir operações capazes de fornecer uma fonte de ignição.

Procedimento de permissão de entrada: É o documento escrito do empregador, ou seu representante legal, para a preparação e emissão da permissão de entrada. Assegura também, a continuidade do serviço no espaço confinado permitido, após o término da entrada.

Programa para entrada em espaço confinado: É um programa geral do empregador ou seu representante legal, elaborado para controlar e para proteger os trabalhadores de riscos em espaços confinados e para regulamentação da entrada dos trabalhadores nestes espaços.

Reconhecimento: Processo de identificação dos ambientes confinados e seus respectivos riscos.

Supervisor de Entrada: É a pessoa com capacitação e responsabilidade pela determinação se as condições de entrada são aceitáveis e estão presentes numa Permissão de Entrada, como determina esta norma.

Trabalhador autorizado: É o profissional com capacitação que recebe autorização do empregador, ou seu representante legal, para entrar em um espaço confinado permitido.

Vêdo: A palavra vêdo, tampa ou tampão, significa vedação para qualquer abertura, horizontal, vertical ou inclinada.

Vigia: É o trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os trabalhadores autorizados realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em espaços confinados.

REQUERIMENTOS GERAIS:

Todos os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados, identificados e isolados para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.

Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores contratados e sub-contratados não devem entrar no espaço confinado, o mesmo deverá tomar todas as medidas efetivas para evitar que os trabalhadores entrem no espaço confinado.

Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores podem entrar no espaço confinado, o empregador deverá desenvolver e implantar um programa escrito de espaços confinados com permissão de entrada. O programa escrito deverá estar disponível para o conhecimento dos trabalhadores, seus representantes autorizados e órgãos fiscalizadores.

O empregador, ou seu representante legal, deve coletar dados de monitoração e inspeção que darão suporte na identificação de espaços confinados.

Antes de um trabalhador entrar num espaço confinado, a atmosfera interna deverá ser testada por trabalhador autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta, intrinsicamente seguro, protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofrequências, calibrado e testado antes da utilização para as seguintes condições:

• Concentração de oxigênio
• Gases e vapores inflamáveis
• Contaminantes do ar potencialmente tóxicos

O registro de dados deve ser documentado pelo empregador, ou seu representante legal, e estar disponível para os trabalhadores que entrem no espaço confinado.

As seguintes condições se aplicam a espaços confinados:

Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os tornem inseguros no momento anterior à remoção de um vêdo, tampa ou tampão de entrada.

Em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou potencialmente capaz de atingir níveis de atmosfera IPVS, os trabalhadores deverão estar treinados e utilizar EPI’s (equipamentos de proteção individual) que garantam sua saúde e integridade física.

Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada:

O espaço deverá ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu, para registro de dados..

O empregador, ou seu representante legal, deverá verificar se o espaço confinado está seguro para entrada e que as medidas que antecedem a entrada tenham sido tomadas através de permissão de entrada por escrito.

PROGRAMA DE ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO:

O empregador que possua um espaço confinado deve:

Manter permanentemente um procedimento de permissão de entrada que contenha a permissão de entrada, arquivando-a;

Implantar as medidas necessárias para prevenir as entradas não autorizadas;

Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos trabalhadores;

Providenciar treinamento periódico para os trabalhadores envolvidos com espaços confinados sobre os riscos a que estão expostos, medidas de controle e procedimentos seguros de trabalho.

Manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos trabalhadores autorizados com os respectivos nomes e assinaturas.

Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros sempre à disposição, treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso.

Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais – ASO – Atestado de Saúde Ocupacional (Norma Regulamentadora-7 do Ministério do Trabalho).

Desenvolver e implementar os meios, procedimentos e práticas necessárias para operações de entradas seguras em espaços confinados, incluindo, mas não limitado aos seguintes:

Manter o espaço confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando barreiras para proteger os trabalhadores que nele entrarão.

Proceder manobras de travas, bloqueio e raqueteamento quando houver necessidade.

Proceder a avaliação da atmosfera quanto à presença de gases ou vapores inflamáveis, gases ou vapores tóxicos e concentração de oxigênio.

Proceder a avaliação da atmosfera quanto à presença de poeiras, quando reconhecido o risco.

Purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espaço confinado são ações para eliminar ou controlar os riscos atmosféricos.

Proceder avaliação de riscos físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos.

EQUIPAMENTOS:

Providenciar os seguintes equipamentos, sem custo aos trabalhadores, funcionando adequadamente e assegurando a utilização correta:

Equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da atmosfera, calibrado e testado antes do uso, aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO. Os equipamentos que forem utilizados no interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser instrinsicamente seguros e protegidos contra interferência eletromagnética e radiofrequência, assim como os equipamentos posicionados na parte externa do espaço confinado que possa estar em áreas classificadas.

Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis, através de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser instrinsicamente seguros, assim como os ventiladores posicionados na parte externa do espaço confinado que possa estar em áreas classificadas. A operação de exaustão deverá ser realizada com ventiladores intrinsicamente seguros.

Equipamento de comunicação, intrinsicamente seguro aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO.

Equipamentos de proteção individual e movimentadores de pessoas intrinsicamente seguros em áreas classificadas.

Equipamentos para atendimento pré-hospitalar.

Equipamento de iluminação, intrinsicamente seguro aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO.

RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO:

Reconhecer os espaços confinados existentes e cadastrando-os e sinalizando-os.

Restringir o acesso a todo e qualquer espaço que possa propiciar risco à integridade física e à vida.

Garantir a divulgação da localização e da proibição de entrada em espaço confinado para todos os funcionários não autorizados.

Designar as pessoas que tem obrigações ativas nas operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciar o treinamento requerido.

Testar as condições nos espaços confinados para determinar se as condições de entrada são seguras. Monitorar continuamente as áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem operando.

PROCEDIMENTOS:

Todo e qualquer trabalho em espaço confinado, obrigatoriamente, deverá ter no mínimo, duas pessoas, sendo um deles denominado vigia.

Desenvolver e implementar procedimentos para os serviços de emergência especializada e primeiros socorros para o resgate dos trabalhadores em espaços confinados.

Desenvolver e implementar um procedimento para preparação, emissão, uso e cancelamento de permissões de entrada.

Desenvolver e implementar procedimentos de coordenação de entrada que garantam a segurança de todos os trabalhadores, independente de haver diversos grupos de empresas no local.

Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco de comprometimento dos trabalhos.

Circunstâncias que requerem a revisão do procedimento de entrada em espaços confinados, porém não limitada a estas:

• qualquer entrada não autorizada num espaço confinado;
• detecção de um risco no espaço confinado não coberto pela permissão;
• detecção de uma condição proibida pela permissão;
• ocorrência de um dano ou quase-acidente durante a entrada;
• uma mudança no uso ou na configuração do espaço confinado e,
• queixa dos trabalhadores sobre a segurança e saúde do trabalho.

As permissões de entrada canceladas por motivo de surgimento de riscos adicionais devem ser arquivadas pelo período de um ano e servirão de base para a revisão do programa.

Procedimento de Permissão de Entrada:

Antes que a entrada seja autorizada, o empregador, ou seu representante legal, deverá documentar o conjunto de medidas necessárias para a preparação de uma entrada segura.

Antes que a entrada comece, o supervisor, identificado na permissão, assinará a permissão de entrada para autorizá-la.

A permissão completa estará disponível, para todos os trabalhadores autorizados, pela sua fixação na entrada ou por quaisquer outros meios igualmente efetivos.

A permissão de entrada será encerrada ou cancelada a Permissão quando:

• As operações de entrada cobertas pela Permissão tiverem sido completadas;
• Uma condição não prevista na Permissão de Entrada ocorre dentro ou nas proximidades do espaço confinado.
• Houver a saída, pausa ou interrupção dos trabalhos em espaços confinados.

Permissão de Entrada

A Permissão de Entrada que documenta conformidade das condições locais e autoriza a entrada em cada espaço confinado identificará:

O espaço confinado a ser adentrado;

O objetivo da entrada;

A data e a duração da autorização da Permissão de Entrada;

Os Trabalhadores Autorizados a entrar num espaço confinado deverão ser relacionados e identificados pelo nome e pela função que irão desempenhar;

Espaço para assinatura e identificação do supervisor que autorizou a entrada;

Os riscos do espaço confinado a ser adentrado;

As medidas usadas para isolar o espaço confinado e para eliminar ou controlar os riscos do espaço confinado antes da entrada;

A Permissão de Entrada é válida somente para cada entrada.

Treinamento:

O empregador, ou seu representante legal, deverá providenciar treinamento inicial e periódico de tal forma que todos os trabalhadores envolvidos com a questão do espaço confinado adquiram capacitação, conhecimento e habilidades necessárias para o desempenho seguro de suas obrigações designadas;

Deverá ser providenciado o treinamento:

Antes que o trabalhador tenha as suas obrigações designadas;

Antes que ocorra uma mudança nas suas obrigações designadas;

Sempre que houver uma mudança nas operações de espaços confinados que apresentem um risco sobre o qual trabalhador não tenha sido previamente treinado;

Sempre que houver uma razão para acreditar que existam desvios nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos dos trabalhadores não sejam adequados (insuficientes ou impróprios) ou no uso destes procedimentos.

O treinamento deverá estabelecer para o trabalhador proficiência nos deveres requeridos e introduzirá procedimentos novos ou revisados, sempre que necessário.

O empregador, ou seu representante legal, certificará que o treinamento requerido tenha sido realizado. O conteúdo mínimo programático requerido de treinamento é:

• Definição de espaço confinado
• Riscos de espaço confinado
• Identificação de espaço confinado
• Avaliação de riscos
• Controle de riscos
• Calibração e/ou teste de instrumentos utilizados
• Certificação do uso correto de equipamentos utilizados
• Simulação
• Resgate
• Primeiros socorros
• Ficha de permissão

A certificação conterá o nome de cada trabalhador, as assinaturas dos instrutores, o conteúdo programático e as datas de treinamento. A certificação estará disponível para inspeção dos trabalhadores e seus representantes autorizados.

Deveres dos Trabalhadores Autorizados.

O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que todos os Trabalhadores Autorizados:

Conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar durante a entrada, incluindo informações sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição;

Usem adequadamente os equipamentos;

Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o Vigia monitore a atuação dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado;

Alertas

O trabalhador deve alertar o Vigia sempre que:

• Reconheça algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação perigosa, não prevista;

• Detecte uma condição proibida.

Abandono

A saída de um espaço confinado deve ser processada o mais rápido possível se:

O Vigia e/ou o Supervisor de Entrada ordenarem abandono;

O trabalhador reconheça algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a uma situação perigosa;

Um alarme de abandono for ativado.

Deveres dos Vigias:

Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição.

Estar ciente dos riscos de exposição nos Trabalhadores Autorizados;

Manter continuamente uma contagem precisa do número de Trabalhadores Autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar os trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos trabalhadores que estão no espaço confinado;

Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, durante as operações até que seja substituído por um outro Vigia;

Acionar a equipe de resgate quando necessário;

Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência.

Manter comunicação com os Trabalhadores para monitorar o estado deles e para alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;

Não realizar outras tarefas que possam comprometer o dever primordial, que é o de monitorar e proteger os trabalhadores

Abandono

As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há segurança para os trabalhadores permanecerem no interior do mesmo. Deve-se ordenar aos trabalhadores, o abandono imediato do espaço confinado sob quaisquer das seguintes condições:

• Se o Vigia detectar uma condição de perigo;

• Se o Vigia detectar uma situação externa ao espaço que possa causar perigo aos trabalhadores;

• Se o Vigia não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus deveres;

Os Deveres do Supervisor de Entrada:

Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição;

Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permissão de Entrada e que todos os testes especificados na permissão tenham sido executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na permissão estejam no local antes que ocorra o endosso da permissão e permita que se inicie a entrada;

Cancelar os procedimentos de entrada e a Permissão de Entrada quando necessário;

Verificar se os Serviços de Emergência e Resgate estão disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;

Determinar, no caso de troca de turno do Vigia, que a responsabilidade pela continuidade da operação seja transferida para o próximo vigia.

Serviços de Emergência e Resgate:

Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que entrem em espaços confinados para executar os serviços de resgate:

O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que cada membro do serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual, respiratória e de resgate necessários para operar em espaços confinados e sejam treinados no uso adequado dos mesmos.

Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas.

Cada membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo treinamento requerido para os Trabalhadores Autorizados.

Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate em espaços confinados, ao menos uma vez a cada doze meses, por meio de treinamentos simulados nas quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaços confinados ou espaços confinados representativos.

Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços confinados dos quais o resgate será executado.

Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros socorros básicos e em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do serviço de resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em primeiros socorros e em RCP.

Sistemas de Resgate:

Os sistemas de resgate deverão ter os seguintes requerimentos:

Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a equipe de resgate precise adentrar no mesmo, poderão ser utilizados movimentadores individuais de pessoas, atendendo os princípios dos primeiros socorros desde que não prejudiquem a vítima.


Modelo - Permissão de Entrada em Espaço Confinado

Nome da Empresa:_______________________________________________________________
Local do Espaço Confinado:______________ ___________Espaço Confinado n:______________
Data e Horário da Emissão: _________________Data e Horário do Término:_________________
Trabalho a ser Realizado:__________________________________________________________
Trabalhadores Autorizados:________________________________________________________
Vigia:________________________ Equipe de Resgate:__________________________________
Supervisor de Entrada: ____________________________________________________________

Procedimentos Que Devem Ser Completados Antes da Entrada

1. Isolamento S( )N( )

2. Teste Inicial da Atmosfera: Horário_____
Oxigênio __________________________________________________________________% O2
Inflamáveis ________________________________________________________________%LIE
Gases/vapores tóxicos ________________________________________________________ppm
Poeiras/fumos/névoa tóxicos__________________________________________________mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Supervisor dos Testes:____________________________________

3. Bloqueios/Travamento/Raqueteamento e Etiquetagem _____________________N/A( ) S( ) N( )
4. Purga e/ou Lavagem ________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
5. Ventilação/Exaustão – tipo e equipamento _______________________________N/A( ) S( ) N( )
6. Teste após Ventilação e Isolamento: Horário______
Oxigênio _______________________________________________% O2 > 19,5% ou > 22,0 %
Inflamáveis __________________________________________________________%LIE < 10%
Gases/vapores tóxicos ________________________________________________________ ppm
Poeiras/fumos/névoa tóxicos__________________________________________________mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Supervisor dos Testes:____________________________________

7. Iluminação Geral ____________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
8. Procedimentos de Comunicação:________________________________ _______N/A( ) S( ) N( )
9. Procedimentos de Resgate: ____________________________________________N/A( ) S( ) N( )
10. Procedimentos e Proteção de Movimentação Vertical: _______________________N/A( ) S( ) N( )
11. Treinamento de Todos os Trabalhadores? É atual?______________________________ S( ) N( )

12. Equipamentos:
13. Equipamento de Monitoramento Contínuo de Gases de Leitura Direta com
Alarmes em condições:________________________________________________________S( ) N( )
Lanternas______________________________________________________________N/A( ) S ( ) N( )
Roupa de Proteção ______________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
Extintores de Incêndio ____________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
Capacetes, Botas, Luvas _________________________________________________ N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos de Proteção Respiratória/Autônomo ou Sistema de ar mandado com cilindro de escape__________________________ ______________________________________N/A( ) S( ) N( )
Cinturão de Segurança e Linhas de Vida para os Trabalhadores Autorizados _____________ S( ) N( )
Cinturão de Segurança e Linhas de Vida para a Equipe de Resgate _______________ N/A( ) S( ) N( )
Escada _______________________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos ______________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos de Comunicação Eletrônica ____________________________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape para a Equipe de Resgate ?___________________________________________________________S( ) N( )
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos _________________________________________N/A( ) S( ) N( )

Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos

14. Permissão de Trabalhos à Quente _________________________________________N/A( ) S( ) N( )

Procedimentos de Emergência e Resgate:

Telefones e Contatos: Ambulância :________Bombeiros :____________Segurança:________

• A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não”. Obs.: “N/A” não se aplica, “S” sim e “N” não.

• A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do vigia ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área

• Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica na emissão de nova Permissão de Entrada.

• Esta Permissão de Entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o término do mesmo. Após o trabalho, a mesma deverá ser arquivada.


BIBLIOGRAFIA:

OSHA – Occupational Safety and Health Administration, Department of Labor - 29 CFR Chapter XVII (Parts 1900 to 1910);

MANUAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM INDÚSTRIAS QUÍMICAS, PETROQUÍMICAS E DE PETRÓLEO – Dácio de Miranda Jordão;

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Manual de Primeiros Socorros

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS



Vítima Inconsciente


A Primeira medida que devemos tomar diante de uma vítima que não se comunica é verificar o grau de consciência.

Para isto devemos saber se ela:
Se comunica
Responde ao toque
Responde à dor.

Se a vítima está inconsciente, não responde nem ao toque nem à dor, devemos perceber se ela respira.
Se a vítima está inconsciente e respirando, a musculatura fica relaxada e a língua pode "escorregar" para trás e impedir a passagem do ar; podem ocorrer vômitos ou eliminação de mucosas.
Para evitar que isto aconteça, devemos deixar a vítima na posição "de bruços".
Se a vítima está inconsciente e sem respiração, devemos estendera cabeça dela para trás; se não voltarem os movimentos respitatórios, inicie a Respiração Artificial.

Primeiros Socorros - Convulsão
Conceito: É a perda súbita da consciência, acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias. Acontece repentinamente.

Causas:
Pode ser causada por febre muito alta, epilepsia, traumatismo na cabeça e intoxicações.

Sintomas:
A pessoa perde a consciência e cai no solo, agita todo o corpo, com batimentos na cabeça, braços e pernas, e a sua face fica com expressão retorcida, como se estivesse fazendo expressões faciais agressivas, com olhos revirados para cima e salivação abundante. Após a convulsão, a pessoa entra em sono profundo.

Conduta:
Evitar, se possível , a queda da vítima contra o chão;
Colocar um pano entre os dentes para que a vítima não morda a língua;
Não se deve impedir os movimentos convulsivos; devemos afastar os objetos próximos para que ela não se machuque, batendo contra eles;
Afrouxar a roupa da vítima;
Evitar estímulos como sacudidas, aspiração de vinagre, álcool ou amoníaco;
Não ficar com medo da salivação abundante. Ela não é contagiosa;
Durante a convulsão, observar as partes do corpo que estão apresentando movimentos convulsivos para relatar ao serviço de saúde.
Quando as contratações desaparecem acomode a vítima de forma confortável, orientando-a quanto ao tempo e espaço e confirmado se ela respira bem ;
Encaminhar , em seguida , à Assistência Qualificada.


Hemorragia

Conceito:
Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria, alterando o fluxo normal da circulação.
A Hemorragia abundante e não controlada pode causar morte de 3 a 5 minutos.



Classificação:
1. Segundo o Local:
Externa: Origem visível, o sangue verte para o exterior.
Interna: quando se produz numa cavidade fechada. Ex: fígado, baço,etc.
Mista: Interna no momento de produzir-se, e externa quando verte para o exterior.

2. Segundo a espécie:
Arteriais: Mais perigosas; o sangue é vermelho vivo e sai em jato forte, rápida e intermitentemente.
Venosas: O sangue é mais vermelho-escuro, e sai de forma contínua e lentamente.
Capilares: O sangue é de cor intermediária, e brota como pequenas gotas.




Fatores que interferem e modificam o efeito de uma hemorragia.
Idade: menor tolerada nas crianças e velhos.
Sexo: menor tolerada nas mulheres.
Estado de saúde anterior.
Outros.



O que fazer diante de uma Hemorragia?

As providências que você deve tomar para estancar a hemorragia vão depender da parte do corpo emque ela se localiza.

1. Hemorragia Interna: Uma colisão, um choque com objeto pesado pode acarretar ao trabalhador, muitas vezes, uma hemorragia interna. A hemorragia se traduz pelo rompimento de vasos internamente ou de órgãos importantes como o fígado ou o baço.

Como não vemos o sangramento, temos que prestar atenção a lguns sinais externos, para podermos diagnosticar e encaminhar ao tratamento médico imediatamente e evitar o estado de choque.

Verificar:
Pulsação: - Se o pulso está fraco e acelerado;
Pele: - Se está fria, pálida e as mucosas dos olhos e da boca estão brancas;
Mãos e dedos (extremidades): - Ficam arroxeados pela diminuição da circulação sanguínea.

O que fazer:
1. Deitar o acidentado, com a cabeça num nível mais baixo que o do corpo, mantendo-o o mais imóvel possível.;
2. Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma;
3. Tranquilizar o acidentado se ele estiver consciente;
4. Suspender a ingestão de líquidos;
5. Observar rigorosamente a vítimapara evitar parada cardíaca e respiratória;
6. Providenciar auxílio médico.


2. Hemorragia Externa: Nos membros Superiores (Braços) e Inferiores (Pernas): São casos que você encontra com facilidade. Acidentes que podem acontecer a qualquer momento quando lidamos com materiais cortantes ou mesmo quando se leva um tombo e há sangramento na ferida.

O que fazer:
1. Deitar a vítima imediatamente;
2. Levante o braço ou a perna ferida e deixe assim o maior tempo possível;
3. Coloque sobre a ferida um curativo de gaze ou pano limpo e pressione;
4. Amarre um pano ou atadura por cima do curativo;
5. Se continuar sangrando, fazer compressão na artéria mais próxima da região;
6. Providenciar auxílio médico.
Ao cesar a hemorragia, evitar os movimentos da parte afetada.

3. Hemorragia Nasal -

De todas as hemorragias que podem acontecer, esta é a mais comum em crianças ou adultos; causada pelo rompimento dos vasos sanguíneos do nariz devido a esforços físicos, excesso de sol, trabalhos expostos a altas temperaturas, diminuição de pressão atmosférica, saídas briscas de câmaras pneumáticas de submersão, ou ainda em consequência de algumas doenças, o que requer uma investigação imediata.

O que fazer ?
1. Tranquilizar a vítima;
2. Afrouxar a roupa que esteja comprimindo o pescoço e o tórax da vítima;
3. Sentar a vítima em local fresco, verificando o pulso (se estiver cheio e forte, deixar sair uma certa quantidade de sangue);
4. Comprimir a narina sangrante com os dedos (5 a 10 minutos);
5. Usar um chumaço de algodão tampando a narina sangrante;
6. Colocar compressa de pano frio ou bolsa ed gelo no nariz, testa e nuca;
7. Se não cessou desta forma, encaminhar a vítima imediatamente ao médico.

Recomendações:
Peça a vítima que respire pela boca;
Não deixe que assoe o nariz.


Intoxicação


Vivemos diaramente cercados por substâncias tóxicas , seja no ambiente de trabalho,como no caso dos Farmacêuticos, ou no nosso lar , onde existem produtos variados: desinfetantes , inseticidas , tintas , água sanitária , remédios , etc . , e trabalhamos com elas diaramente.
Saiba que todas podem causar sérias intoxicações , pois:
"Qualquer substância pode ser tóxica , dependendo da dose e maneira de usá-la."


Vias de penetração:
Boca: ingestão de qualquer tipo de substância tóxica , química ou natural.
Pele: contato direto com plantas de substâncias químicas tóxicas.
Vias respiratórias: aspiração de vapores ou gases emanados de substâncias tóxicas.
Contaminação dos olhos: Por contato com substâncias tóxicas ou naturais.


Sinais e Sintomas:
Os sinais e sintomas normalmente variam conforme a substância tóxica e via de penetração.
Porém , de maneira geral podemos observar:
Sinais evidentes na boca ou na pele de que a vítima tenha mastigado , engolido , aspirado ou contato com substâncias químicas ou naturais (medicamentos, plantas, etc.) ;
Hálito com odor estranho , no caso de ingestão ou inalação de um tóxico ;
Modificação na coloração dos lábios e exterior da boca ;
Dor , sensação de queimação na boca , garganta ou estômago ;
Sonolência , confusão mental , torpor ;
Delírios , alucinações e estado de coma ;
Lesões na pele , queimaduras intensas com limites bem nítidos ;
Depressão respitatória .


Intoxicação por Plantas



Conceito:
Plantas tóxicas são encontradas em todos os lugares: quintais, terrenos baldios e dentro de casa. Quando colocadas na boca ou manipuladas podem ser perigosas, principalmente para as crianças. Os efeitos das plantas variam com as diferentes espécies, sendo comum náuseas, vômitos, diarréia e desidratação.



PREVENÇÃO:
Mantenha longe do alcance das crianças.
Ensine as crianças que não se colocam plantas na boca.
Conheça as plantas que tem em casa e arredores pelo nome e características.
Não use remédios caseiros feitos de plantas sem orientação médica.
Não coma plantas desconhecidas. Lembre-se de que há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

PRIMEIROS SOCORROS:

Retire da boca o que resta da planta, cuidadosamente.
Enxague a boca com água corrente abundante.
Faça ingerir água, leite, clara de ovo.
Examine a língua e a garganta para verificar a irritação causada.
Procure um Médico.
Guarde a planta para posterior identificação.


TABELA
Nome:
Partes Tóxicas Tóxico / Efeito Característico
Comigo Ninguém Pode
Copo de Leite
Antúrio Látex
Folhas
Caule Oxalato de Cálcio
Dor em queimação
Irritação de mucosas
Edema
Náuseas e Vômitos
Pinhão de Purga
Mamona Sementes Toxalbumina
Vômitos
Cólicas
Diarréia sanguinolenta
Insuficiência Renal
Saia Branca
Figueira do Inferno Toda Planta Alcalóides
Pele quente e seca
Agitação
Alucinação
Rubor de face
Mandioca Brava Entrecasca da raiz Glicosídio Cianogênico:
Vômitos
Cólicas
Sonolência
Convulsões / Coma
Asfixia
Espirradeira
Chapéu de Napoleão Toda Planta Glicosídeo Cardiotóxico:
Vômitos , Diarréia , Alterações cardíacas
Coroa de Cristo
Estrela de Cadete Leitera Látex Látex Irritante:
Salivação
Vômitos
Queimaduras




Parada Cardio-Respiratória


Vários são os acidentes que provocam uma parada da respiração: asfixia , afogamento , intoxicação por medicamentos e monóxido de carbono, sufocamento, choque elétrico. Se as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro de 3 a 5 minutos , as atividades cerebrais cessarão totalmente ocasionando a morte.
Assim sendo, a manutenção da oxigenação dos tecidos à custa da respiração artificial tem possibilitado a recuperação de muitas pessoas. Alguns sinais de que houve parada respiratória são a ausência de respiração (expansão do tórax) e a dilatação das pupilas.


O que fazer ?
1. Afastar a causa ou a vítima da causa, se for necessário;
2. Verificar nível de consciência;
3. Retirar da vítima a dentadura , pontes , restos de alimentos;
4. Abrir e manter desobstruída a passagem de ar;
5. Iniciar imediatamente a Respiração Artificial (boca a boca):
Levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com outra inclinar a cabeça para trás ficando a ponta do queixo voltada para cima.
Tampar as narinas da vítima com o polegar e o indicador, e abrir completamente a boca da vítima.
Encher bem os pulmões e colocar a sua boca sobre a da vítima, sem deixar nenhuma abertura, assoprando com força até perceber que o tórax da vítima está se elevando.
Iniciar novamente a operação, repetindo-a de 12 a 18 vezes por minuto, uniformemente e sem interrupção.
Encaminhar a vítima para um Pronto-Socorro, mas continuar a técnica durante todo percurso.
Se não houver pulsação efetuar ao mesmo tempo a massagem cardíaca.


Respiração Boca a Nariz
É usada quando a vítima sofreu fratura de mandíbula , cortes (com Hemorragia) na boca, ou quando não se consegue abrir sua boca.
Levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com a outra, inclinar a cabeça para trás, ficando a ponta do queixo para cima.
Apertar o maximilares para evitar a saída de ar pela boca.
Colocar sua boca em contato com as narinas da vítima e soprar com força.
Afastar a boca.
Abrir a boca da vítima o quanto puder e observar o esvaziamento natural dos pulmões.
Recomeçar a operação e prosseguir num ritmo de 12 a 18 vezes por minuto.
Encaminhar a vítima para um Pronto Socorro e continuar a técnica no percurso.

Parada Cárdio - Respiratória:
Parada cardíaca é a cessação repentina dos batimentos cardíacos.
Nos ambientes de trabalho onde se encontram trabalhadores expostos a determinados agentes químicos , como monóxido de carbono, defensivos agrícolas, etc. há o perigo de ocorrer a parada cardíaca.
Também pode estar presente no infarto do coração , em choques elétricos, intoxicações, acidentes graves e outros.
Sinais de que houve parada cardíaca:
a.Pulso Ausente;
b. Insuficiência Respiratória;
c. Dilatação nas pupilas dos olhos;
d. Perda da Consciência;
e. Cianose (Coloração arroxeada da pele e lábios);
f. Ausência de batimentos cardíacos.

O que fazer:
Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida;
Apoiar a metade inferior da palma da mão no terço inferior do osso esterno e colocar a outra mão por cima da primeira (os dedos e o restante da palma da mão devem encostar no tórax da vítima);
Esticar os braços e comprimir verticalmente o tórax do acidentado;
Fazer regularmente compressões curtas e fortes (cerca de 60 por minuto);
Concomitantemente, associar a respiração artificial , seguindo um ritmo de cinco compressões para cada respiração aplicada.


Técnica de massagem Cardíaca
Nos casos de parada cardíaca e respiratória iniciar a reanimação cardiopulmonar - massagem cardíaca e respiração artificial.Se tiver apenas um socorrista , este deverá aplicar após cada 15 compressões cardíacas, 2 insuflações de ar boca a boca, alternadamente, até que chegue outra pessoa para auxiliá-lo ou até que a vítima se reanime.
Nos casos em que houver dois socorristas, fazer 5 compressões cardíacas, e uma insuflação de ar boca a boca, alternadamente até que seja providenciado assistência médica ou até que a vítima se reanime.


ATENÇÃO: Este é o socorro mais urgente e importante que você deverá aplicar para salvar uma pessoa.



Picadas de Peçonhentos



São muito comuns envenenamentos causados por picada de animais peçonhentos, facilmente encontrados em qualquer parte do Brasil, como escorpiões, aranhas e serpentes. Esses animais inoculam ativamente sua peçonha no homem, que produz sintomas que variam segundo a espécie, quantidade de veneno injetado, condições de nutrição, peso e altura.

Caracterização de Animais Peçonhentos

Condutas:

1. Escorpiões
Os acidentes com escorpiões são pouco freqüentes. Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos.
Encontram-se em pilhas de madeiras, cercas, tijolos, cupinzeiros. Sapatos e botas são ótimos esconderijos. O veneno escorpiônico ataca o sistema nervoso (neuro-tóxico). É um veneno potente e pode provocar a morte de indivíduos subnutridos e de pequeno porte, como é o caso das crianças.

Sinais e Sintomas:

Nos casos graves, há fortes dores no local da picada, com tendência a se espalhar para regiões vizinhas;
A temperatura do corpo cai, e o suor torna-se execessivo;
Aumento da pressão, enjôo e vômitos.

Há risco de vida nas primeiras 24 horas, principalmente em crianças.

2. Aranhas

Este é um animal tão comumente encontrado que nem mesmo nos damos conta do perigo que ele pode representar. Isto acontece porque nem todas as aranhas representam perigo de vida.

Os tipos que representam maiores prigos são:
Aranha Marron - Loxosceles
Armadeiras - Phoneutria - 75% de incidência de acidentes;
Tarântulas - Lycosa;

Conduta frente a picadas de Aranhas e Escorpiões:

Evitar que o paciente se movimente muito;
Não fazer torniquete no membro acidentado;
Aplicar compressas frias (10 a 15 ºC) nas primeiras horas;
Aplicar respiração artificial, caso a pessoa não estiver espirando bem.;
Encaminahr ao serviço médico.

3.Serpentes

O grau de toxicidade da picada depende da potência, quantidade de veneno injetado e do tamanho da pessoa atingida. No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devida a serpentes dos gêneros Botrópico, Crotálico e Elapídico.

a) Sinais e Sintomas

Botrópicos: (Urutu, Jararaca, Jararacuçu) - Fortes dores no local, inchaço, vermelhidão ou arroxeamento e aparecimento de bolhas. O sangue torna-se de difícil coagulação e pode-se observar hemorragia no local da picada, brm como na gengiva;
Crotálico (Cascavel): Quase não se vê o sinal da picada,e também há pouco inchaço no local. Algumas horas após o acidente se observa a dificuldade que o paciente tem de abrir os olhos, acompanhada de visão "dupla" (vê os objetos duplicados). O paciente fica com "cara de bêbado". Outro sinal é o escurecimento da urina, após 6 e 12 horas da picada, caracterizando pela cor de coca-cola. Responsável por 9% dos acidentes.
Elapídico (Corais): Pequena reação no local da picada. Poucas horas após, ocorre a "visão dupla", associada à queda das pálpebras; a vítima também fica com "cara de bêbada". Outro sinal é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do paciente. Responsável por 1% dos acidentes.

b) Conduta em Casos de Picadas de Serpentes: (de qualquer tipo) - Lembre-se: "A vida do acidentado depende primordialmente da rapidez com que se fizer o tratamento pelo soro."
Trazer, se possível, a serpente causadora do acidente;
Não fazer torniquete;
Dirigir-se urgentemente a um serviço médico;
O acidentado não deve locomover-se pelos próprios meios, principalmente se picado no menbro inferior. Sempre há uma maneira de transpotá-lo.
Não perca tempo em fazer tratamento local, o tempo é precioso.

c) Orientação de prevenção contra animais peçonhentos:
Não trabalhar ou andar descalço em jardins.
Não mexer em buracos no chão ou em paredes;
Olhar bem para o chão ou em paredes;
Olhar bem para o chão quando estiver caminhando.
Ter cuidado com montes de folhas ou cupim seco, e com mato;
Lugares onde aparecem muitos roedores (ratos) são os melhores para as cobras se alimentarem;
Mantenha jardim e quintais limpos; não deixe perto de casa restos de materiais de construção.


Traumatismo Musculo-Esquelético


1. Entorse
Conceito: É uma lesão que ocorre quando se ultrapassa o limite normal de movimento de uma articulação. Normalmente, ocasiona um distensão dos ligamentos e da cápsula articular.
Sinais e Sintomas:
Dor intensa ao redor da articulação;
Dificuldade de movimentação em graus variáveis;
Pode haver sangramentos internos.
Conduta:
Aplicar frio intenso no local (bolsa de gelo, toalhas frias, etc.). Não fazer massagens ou aplicações quentes (apenas 24 horas após o entorse.).
Imobilizar a articulação atingida e não movimentá-la;
Procurar um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequados.


2. Contusão

Conceito: É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo. Pode causar uma lesão nos tecidos moles da superfície, nos músculos ou em cápsulas ou ligamentos articulares. Algumas vezes a lesão é profunda , tornando difícil determinar a sua extensão.
Sinais e Sintomas:
Coloração roxa da pele.(Hematoma)
Dor na área de contato.
Conduta:
Aplicar gelo no local imediatamente. Não massagear ou aplicar calor (apenas 24 horas após a contusão);
Procurar um serviço de Saúde para avaliação e tratamento adequado.


3. Luxação

Conceito: É o deslocamento de um osso da articulação, geralmente acompanhado de uma grave lesão de ligamentos articulares. Isso resulta no posicionamento anormal dos dois ossos da articulação. A luxação pode ser total ou parcial (os dois ossos da articulação ainda permanecem em contato).
Sinais e Sintomas:
Deformidade e movimento anormal da articulação;
Cavidade entre as superfícies articulares;
Dor intensa;
Sangramento intenso;
Conduta:
Cuidadosamente colocar os dois ossos numa posição de conforto que permita a imobilização e o transporte com o mínimo de dor. A articulação só deve ser recolocada no lugar por profissionais médicos;
Não fazer massagem ou aplicação de calor;
Procurar imediatamente um Serviço de Saúde para avaliação e tratamento adequado.



4. Fratura

Conceito: É o rompimento total ou parcial de qualquer osso.

Classificação: Quanto à relação do osso como o meio externo:
1. Fechada: Quando a pele não é rompida pelo osso quebrado;
2. Aberta ou Exposta: Quando o osso atravessa a pele e fica exposto. A possibilidade de infecção neste tipo de fratura é muito grande, e deve ser observada com atenção.

Quanto à extensão da fratura:
1. Completa: Abrange toda a espessura do osso;
2. Incompleta: Abrange parte da espessura do osso.

Sinais e Sintomas:
Dor intensa no local e que aumenta ao menor movimento;
Inchaço no local;
Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar de um papel);
Hematoma (rompimento de vaso, com acúmulo de sangue no local);
Paralisia por lesão de nervos.
Conduta:
Não tentar colocar o osso no lugar, pois isto poderá causar complicações. Colocar os ossos numa posição mais próxima do natural, lentamente, junto ao corpo;
Só movimentar o segmento do corpo fraturado após sua imobilização. Esta pode ser feita com um pedaço de madeira, cabo de vassoura, guarda-chuva, jornal enrolado ou outro material estável. Deve-se imobilizar as articulações acima e abaixo do local fraturado;
Evitar limpar qualquer ferida; qualquer movimento desnecessário poderá causar complicações (exposição da fratura, corte de vasos ou ligamentos, etc.);
Aplicar gelo para reduzir a inflamação;
Procurar um Serviço de Saúde para avaliação e tratamento adequados.

IMPORTANTE: Se existe dúvida se o osso está ou não quebrado, agir como se realmente houvesse um fratura e imobilizar.

5. Fraturas na Coluna Vertebral

A Coluna Vertebral é feita de vários ossos pequenos (vértebras), empilhados uns sobre os outros. Num canal interno passam os nervos (medula) que levam e trazem mensagens do cérebro para o restante do organismo, para que se realizem todas as atividades do corpo humano (respiração, movimentação, etc.). Uma fratura da coluna vertebral pode causar lesões na medula , levando a danos irreversíveis ou não à saúde da pessoa (exemplo: paralisia das pernas).

Sinais e Sintomas:
Dor nas costas ou pescoço;
Formigamento de parte do corpo, geralmente nas pernas;
Dificuldade ou impossibilidade de movimento, ou de sentir alguma parte do corpo (geralmente as pernas);

Conduta:
Não deixar a vítima se movimentar, ou não tentar remover a pessoa do local sem ajuda;
Imobilizar a pessoa (sem movimentá-la bruscamente) completamente de tal forma que ao levá-lo a um Serviço de Saúde NÃO haja movimento da coluna ou da cabeça.


Queimadura

Conceito: Queimaduras são ferimentos produzidos nos tecidos pela ação de agentes:
Físicos (Frio , Calor) Ex: Eletricidade, raios solares, fogo, vapores, etc.
Químicos (Produtos Corrosivos) Ex: Ácidos ou Bases Fortes.
Classificação:

1.Quanto à profundidade:
Primeiro Grau: Quando a lesão é superficial, provocando apenas o vermelhidão da pele, sem formar bolhas. Geralmente ocorre muita dor pela irritação das terminações nervosas da pele.
Segundo Grau: Quando a lesão é mais profunda, provocando a formação de bolhas.
Terceiro Grau: Quando a pele é destruída e são atingidos músculos e/ou orgãos internos do corpo.
2. Quanto à extensão:
As queimaduras são classificadas quanto à área do corpo atingida. Quando a área afetada é maior que a da palma da mão, a vítima deve receber assistência qualificada depois que lhe forem prestados os primeiros socorros.

Conduta:

Retirar a pessoa do contato com a causa da queimadura. Exemplos:
Agentes Químicos: Lavar a área queimada com bastante água, retirando a roupa se ainda contiver alguma substância.
Fogo: Apagar de forma adequada (extintor apropriado, areia, água ou outro). Pode-se abafar com cobertor ou rolar o acidentado no chão. Não correr.
Verificar se a respiração, o batimento cardíaco e o nível de consciência estão normais. Se não proceder ao atendimento conforme explicação anterior.
Aliviar ou reduzir a dor e prevenir a infecção:
Mergulhar a área afetada em água limpa ou em água corrente até aliviar a dor. Não romper as bolhas ou retirar roupas queimadas que estiverem aderidas à pele. Se as bolhas estiverem rompidas, não colocar em cintato com a água.
Não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outars substâncias sobre a queimadura. Estas podem complicar o tratamento e necessitam de indicação médica.
Se a pessoa estiver consciente e sentir sede, deve ser-lhe dada toda a água que deseja beber, lentamente e com cuidado.
Encaminhar logo à assistência de saúde, para avaliação e tratamento.

Choque Elétrico

Acidentes com eletricidade oferecem perigo também a quem presta socorro . Não deixe ninguém se aproximar .
Lembre-se : nunca tente soltar alguém preso a um fio de alta tensão . A primeira coisa a se fazer é desligar a corrente elétrica . se isto não for possível , separe a vítima do contato usando algum material que seja mal condutor de eletricidade : Madeira , couro , pano ou borracha , sempre seco e resistentes . Se a pessoa não estiver respirando aplique a respiração artificial . Se constatar a parada cardíaca , inicie a massagem cardíaca .

OBS : NÃO CESSE A REANIMAÇÃO CARDIO RESPIRATÓRIA ( MASSAGEM CARDÍACA E RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL ) , ATÉ QUE A VÍTIMA SEJA CONDUZÍDA PARA UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA , MESMO DURANTE O TRANSPORTE , 03 A 05 MINUTOS SEM OXIGENAÇÃO , PODE SER FATAL PARA A VÍTIMA .

Choques elétricos podem provocar queimaduras com vários graus de intensidade . Elas devem ser lavadas delicadamente com água fervida fria , cuidando-se para não deslocar a pele queimada .
Não retire coágulos para não provocar hemorragia . Quando o local atingido for um menbro , imobilize-o . Se a vítima estiver consciente e com sede , molhe seus lábios e língua com compressas úmidas .


Orientação final

Procure permanecer o mais calmo possível em uma situação de emergência ; seja ágil mas não apavore , não perca a lucidez . Correria sem raciocínio , pode ser fatal para a vítima . pense somente nos atos necessários para resolver a situação , conduza a vítima para um serviço médico o mais rápido possível .

ASSÉDIO MORAL

Agressividade e perseguição são marcas do assédio moral no ambiente de trabalho


Um ataque súbito de mau humor por parte do patrão. Uma desavença com seu superior que faz com que ele aumente o tom de voz. Uma explosão de nervos repentina de um chefe perante seu empregado. Episódios como estes não são incomuns nas empresas, onde diariamente muitos colaboradores convivem com pressões de todos os tipos.

No entanto, será que o fato do patrão perder a cabeça em um dia ruim pode ser considerado como um exemplo de assédio moral? Todas as pessoas que dizem ser vítimas desse assédio, de fato possuem a razão? Enfim, o que define que o trabalhador está sendo ou não assediado moralmente?

Segundo a professora doutora, em Direito do Trabalho do Cesumar e da UEM e palestrante sobre o tema, Leda Maria Messias da Silva, a primeira coisa que precisa ser esclarecida é que o assédio moral pode acontecer não apenas no ambiente de trabalho - onde é mais comum - mas também no meio social, familiar e estudantil.

Entretanto, no ambiente profissional, caracteriza-se quando o trabalhador é exposto a situações humilhantes e constrangedoras. "Tudo isso é realizado com intuito de desestabilizar a relação desse trabalhador com o ambiente de trabalho", diz.

A professora acrescenta que estas situações não são esporádicas, mas, sim, acontecem de forma repetitiva e prolongada durante toda a jornada de trabalho.

Além disso, se for de praxe do empregador apresentar uma conduta agressiva, tratando seus subordinados sem a devida dignidade e respeito que eles merecem, esse conjunto de fatores também pode caracterizar um caso de assédio moral.


Motivos do assédio

É sabido que uma empresa, na qual os profissionais exercem suas funções em um ambiente tranquilo e apaziguador, atinge os resultados mais significativos e registra maior produtividade.

Porém, a professora Leda esclarece que o pensamento de quem pratica o assédio moral anda por caminhos contrários a esta realidade. "Geralmente, o indivíduo é antiético e, não raras vezes, compraz-se com a sua perversidade, diante do sofrimento da vítima".

Sendo assim, as motivações do assediador podem ser diversas, desde inveja, ciúmes, insegurança, exclusão do trabalho e até pressão pela obtenção de metas impossíveis. "Não são raros os casos em que a vítima se vê compelida a pedir rescisão do contrato de trabalho, como forma de livrar-se do assediador" e, prossegue a professora, "há situações em que o assédio é praticado, justamente, para que a iniciativa da ruptura do contrato seja do empregado, livrando o empregador do pagamento das indenizações devidas, em face da dispensa sem justa causa".


Consequências para empregador e empregado

A reação das vítimas de assédio moral no trabalho variam de pessoa para pessoa, uma vez que cada um consegue lidar de um jeito com esse tipo de situação. "Alguns suportam mais, outros menos, mas de um modo geral problemas psíquicos, como depressão e baixa autoestima são verificados. Já existem até mesmo relatos de suicídios", conta a professora Leda.



Se por um lado as consequências físicas e psíquicas são sentidas pelo assediado, aquele que as comete corre o risco de sofrer as consequências jurídicas. "O agressor responderá pelo assédio moral, tendo que pagar indenização pelos danos morais. Do mesmo modo ele também poderá ser condenado pelos danos materiais sofridos pelos agredido, como no caso de gastos com tratamento de saúde", informa a especialista.

Como ainda não há criminalização para o assédio moral, como existe para o assédio sexual, por exemplo, o conselho é que a vítima recorra à Justiça do Trabalho, através de um advogado, para que o mesmo busque a reparação pelos danos morais e materiais sofridos.

"O assediador poderá ser dispensado por justa causa, mas o empregador é o responsável por manter um ambiente digno e, portanto, responderá pelos danos morais e materiais sofridos pela vítima do assédio, se praticado por um preposto seu", completa a professora.

De toda forma, vale ressaltar que o fato de não contar com um ambiente dos seus sonhos para o exercício do trabalho não significa, necessariamente, que o colaborador está sendo assediado moralmente.

Esta confusão, além de desgastar o profissional que se julga erroneamente assediado, pode fazer com que ele tenha ainda mais prejuízos com a perda de tempo e dinheiro.

Estresse ou stress

Estresse é o termo aportuguesado stress é o termo Ingles

"STRESS" é o resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira coisa que acontece com o nosso organismo nestas circunstâncias é uma descarga de adrenalina no nosso organismo, e os órgãos que mais sentem são o aparelho circulatório e o respiratório.
No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.
No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios(bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios(taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.
Quando o perigo passa, o nosso organismo para com a super produção de adrenalina e tudo volta ao normal. No mundo de hoje as situações não são tão simples assim e o perigo e a agressão estão sempre nos rodiando. Por isso a reação do organismo frente ao stress é de taquicardia, palidez, sudorese e respiração ofegante. Pode haver também um descontrole da pressão arterial e provocar um aumento da pressão à níveis bem altos, mas não siginifica que a pessoa seja hipertensa.

STRESS
O stress até pouco tempo era conhecido como cansaço. Estou cansado! Trabalhei muito. Mas a experiência clínica nos foi mostrando que não era o cansaço físico o grande vilão desencadeador do stress. A falta de atividade também desenvolvia a doença. Nos dias de hoje, onde a informação chega muito rápido, e na maioria das vezes são informações que nos causam temores, o stress passou a ser visto também pelo lado emocional, atingindo o nosso lado mental/comportamental. Com estes estudos verificamos que o stress corrompe todo o nosso organismo causando doenças como veremos adiante.
Diante destas situações, nós psicólogos buscamos um meio natural que combater esta doença: Psicoterapia ao natural. Saímos do consultório, lugar fechado, e buscamos a natureza, um hotel fazenda por exemplo. Um final de semana em grupo de pessoas com características comuns. Neste ambiente procuramos usar roupas frouxas, deixar os pés em maior contato com a grama ou mesmo a terra. Exercitar a respiração (aprender a respirar, pois não sabemos respirar) e, o mais importante a troca de informações e experiências entre os participantes. O remédio continua sendo os chás servidos três vezes ao dia. Neste ambiente também praticamos a meditação e alguns exercícios de postura e relaxamento.
Este é um dos momentos mais importante de nosso encontros, pois é a troca energética biológica com a natureza.
O contato com a vida animal nos coloca numa posição de reflexão diante da vida e da evolução da mesma.

COMO ATUA O STRESS
Imagine uma barra de ferro sendo torcida. A tensão na barra antes de partir é o que os físicos chamam de stress. No ser humano caracteriza-se por alterações orgânicas. Em 1965, Hans Selye usou o termo stress para designar o estado de tensão do organismo quando submetido a um agente que ameaça sua integridade. Ele chamou esta reação de luta ou fuga, de síndrome geral de adaptação. Este esforço tinha como objetivo neutralizar o agente stressante. A doença surgiria devido a uma falha do sistema de adaptação dos mecanismos de defesa do organismo.
As doenças causadas pelo stresse social dependem da natureza, intensidade e duração da situação, alem das tendências hereditárias e das primeiras experiências de vida do individuo.
O stress interfere nos sistema nervoso simpático e parassimpático, responsáveis pelo equilíbrio do organismo. Eles formam o sistema nervoso autônomo ou neuro vegetativo, que controla os batimentos cardíacos, a contração ou o relaxamento do estomago e a secreção das glândulas da mucosa estomacal.

MEDIDAS PARA COMBATER O "STRESS"
O combate ao stress não é fácil, mas existem algumas medidas que aliviam e podem ajudar muito. Quaisquer que sejam as medidas indicadas, o reconhecimento do problema é o primeiro passo para a cura. A partir de então programe o que fazer, o importante é tentar e mudar.
• Faça exercícios físicos ou pratique esportes regularmente. Abaixa a pressão e alivia as tensões causadas pelo stress.
• Arrume um hobby ou um passatempo, isto ajuda a desviar a sua atenção e alivia o stress.
• Controle a sua dieta, melhorando seus hábitos, diminuindo o consumo de bebidas alcóolicas e deixe de fumar. Ao contrário do que muita gente pensa estas atitudes não são estressantes mas, contribuem para a diminuição do stress.
• Procure conversar mais com as outras pessoas, melhore o seu relacionamento, isto não vai curar mas alivia as tensões.
• Procure sair de férias, se for possível, e deixe de se preocupar tanto.