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domingo, 5 de dezembro de 2010

Coisas da Vida

O velho o menino e o burro
O velho resolveu vender seu burro na feira da cidade. Como iria retornar andando, chamou seu neto para acompanhá-lo. Montaram os dois no animal e seguiram viagem.
Passando por umas barracas de escoteiros, escutaram os comentários críticos; " Como é que pode, duas pessoas em cima deste pobre animal !".
Resolveram então que o menino desceria, e o velho permaneceria montado. Prosseguiram...
Mais na frente tinha uma lagoa e algumas velhas estavam lavando roupa. Quando viram a cena, puseram-se a reclamar; " Que absurdo ! Explorando a pobre criança, podendo deixá-la em cima do animal."
Constrangidos com o ocorrido, trocaram as posições, ou seja, o menino montou e o velho desceu.
Tinham caminhado alguns metros, quando algumas jovens sentadas na calçada externaram seu espanto com o que presenciaram; "Que menino preguiçoso ! Enquanto este velho senhor caminha, ele fica todo prazeroso em cima do animal. Tenha vergonha !"
Diante disto, o menino desceu e desta vez o velho não subiu. Ambos resolveram caminhar, puxando o burro.
Já acreditavam ter encontrado a fórmula mais correta quando passaram em frente a um bar. Alguns homens que ali estavam começaram a dar gargalhadas, fazendo chacota da cena; " São mesmo uns idiotas ! Ficam andando a pé, enquanto puxam um animal tão jovem e forte !"
O avô e o neto olharam um para o outro, como que tentando encontrar a maneira correta de agir.
Então ambos pegaram o burro e o carregaram nas costas !!!
Além de divertida, esta fábula mostra que não podemos dedicar atenção irracional para as críticas, pois estas acontecerão sempre, independentes da maneira em que procurarmos agir.


Segurança - Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe. Quando vai mal, dizem que não existe. Quando é pra gastar, acha-se que não é preciso que exista. Porém, quando realmente não existe, todos concordam que deveria existir

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Espaço Confinado

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NB – ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO

OBJETIVO E APLICAÇÃO:

Os requerimentos desta norma são destinados à proteção local e dos trabalhadores contra os riscos de entrada em espaços confinados.

DEFINIÇÕES:

Abertura de Linha: É o alívio intencional de um tubo, linha ou duto que é ou tenha sido transportador de substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte ou qualquer fluído num volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão.

Aprisionamento: Condição de retenção do trabalhador no interior do espaço confinado que impeça sua saída do local pelos meios normais de escape ou que proporcione lesões ou a morte do trabalhador.

Área Classificada: É toda área onde existe a presença de gases combustíveis, onde são classificadas em grupos I e II, sendo o grupo II dividido em sub-grupo IIA, IIB e IIC e também em Zonas 01 e 02.

Atmosfera pobre de oxigênio: É a atmosfera contendo menos de 19,5 % de oxigênio em volume.

Atmosfera rica de oxigênio: É a atmosfera contendo mais de 23 % de oxigênio em volume.

Atmosfera de risco: Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto–resgate, lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

(1) Gás/Vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu Limite Inferior de Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL;
(2) Poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o Limite Inferior de Explosividade LIE ou Lower Explosive Limit LEL);

NOTA: Esta concentração pode ser estimada pela observação da condição na qual a poeira obscureça a visão numa distância de 1,5m ou menos.

* (Aguardar parecer de especialistas)

(3) Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5 % ou acima de 23 %;
(4) A concentração atmosférica de qualquer substância cujo Limite de Tolerância seja publicado na NR-15 ou em norma mais restritiva (ACGIH) e que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse Limite de Tolerância;
(5) Qualquer outra condição atmosférica Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS ou IDLH – Immediately Dangerous to Health and Life);

Auto Resgate – Capacidade, desenvolvida pelo trabalhador através de treinamento, que possibilita seu escape com segurança, de ambiente confinado em que entrou em IPVS.

Avaliação de local: É o processo de análise onde os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos num espaço confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação dos testes que devem ser realizados e os critérios que devem ser utilizados.

NOTA: Os testes permitem aos empregadores planejar e implementar medidas de controle adequadas para proteção dos trabalhadores autorizados e para determinar se as condições de entrada são aceitáveis no presente imediato, antes e durante a entrada.

Circuito Intrinsicamente Seguro: um circuito ou parte dele é intrinsicamente seguro quando não é capaz de liberar energia elétrica (faísca) ou térmica suficiente para, em condições normais (isto é, abrindo ou fechando o circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta à terra), causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

Condição de entrada: Condições ambientais que devem permitir a entrada em um espaço confinado onde hajam critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS): é qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que pode causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda.

NOTA: Algumas substâncias podem produzir efeitos transientes imediatos que apesar de severos, possam passar sem atenção médica, mas são seguidos de repentina possibilidade de colapso fatal após 12 – 72 horas de exposição. A vítima “sente-se normal” da recuperação dos efeitos transientes até o colapso. Tais substâncias em concentrações perigosas são consideradas como sendo “imediatamente” perigosas à vida ou à saúde.

Condição Proibitiva de Entrada: É qualquer condição de risco que não permita a entrada em um espaço confinado.

Emergência: É qualquer interferência (incluindo qualquer falha nos equipamentos de controle e monitoração de riscos) ou evento interno ou externo, no espaço confinado, que possa causar perigo aos trabalhadores.

Engolfamento/Envolvimento: Condição em que uma substância sólida ou líquida, finamente dividida e flutuante na atmosfera, possa envolver uma pessoa e no processo de inalação, possa causar inconsciência ou a morte por asfixia.

Entrada: Ação pela qual as pessoas ingressam através de uma abertura para o interior de um espaço confinado. Essa ação passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que alguma parte do corpo do trabalhador rompa o plano de uma abertura no espaço confinado.

Equipamentos de Resgate: São os materiais necessários para a equipe de resgate utilizar nas operações de salvamento em espaços confinados.

Equipe de resgate: É o pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os trabalhadores dos espaços confinados em situação de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.

Espaço confinado: É qualquer área não projetada para ocupação contínua, à qual tem meios limitados de entrada e saída, e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que podem existir ou se desenvolverem.

Espaço Confinado representativo: É um simulador de um espaço confinado em tamanho de abertura, configuração e meios de acesso para o treinamento do trabalhador que não apresente riscos.

Inertização: É um procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma atmosfera potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluído inerte. Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.

Isolamento: É a separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido ao adentramento, de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não preparado ao adentramento.

Permissão de Entrada: É uma autorização escrita que é fornecida pelo empregador, ou seu representante legal, para permitir e controlar a entrada em um espaço confinado.

Permissão para trabalho a quente: É uma autorização escrita do empregador, ou seu representante legal, para permitir operações capazes de fornecer uma fonte de ignição.

Procedimento de permissão de entrada: É o documento escrito do empregador, ou seu representante legal, para a preparação e emissão da permissão de entrada. Assegura também, a continuidade do serviço no espaço confinado permitido, após o término da entrada.

Programa para entrada em espaço confinado: É um programa geral do empregador ou seu representante legal, elaborado para controlar e para proteger os trabalhadores de riscos em espaços confinados e para regulamentação da entrada dos trabalhadores nestes espaços.

Reconhecimento: Processo de identificação dos ambientes confinados e seus respectivos riscos.

Supervisor de Entrada: É a pessoa com capacitação e responsabilidade pela determinação se as condições de entrada são aceitáveis e estão presentes numa Permissão de Entrada, como determina esta norma.

Trabalhador autorizado: É o profissional com capacitação que recebe autorização do empregador, ou seu representante legal, para entrar em um espaço confinado permitido.

Vêdo: A palavra vêdo, tampa ou tampão, significa vedação para qualquer abertura, horizontal, vertical ou inclinada.

Vigia: É o trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os trabalhadores autorizados realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em espaços confinados.

REQUERIMENTOS GERAIS:

Todos os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados, identificados e isolados para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.

Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores contratados e sub-contratados não devem entrar no espaço confinado, o mesmo deverá tomar todas as medidas efetivas para evitar que os trabalhadores entrem no espaço confinado.

Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores podem entrar no espaço confinado, o empregador deverá desenvolver e implantar um programa escrito de espaços confinados com permissão de entrada. O programa escrito deverá estar disponível para o conhecimento dos trabalhadores, seus representantes autorizados e órgãos fiscalizadores.

O empregador, ou seu representante legal, deve coletar dados de monitoração e inspeção que darão suporte na identificação de espaços confinados.

Antes de um trabalhador entrar num espaço confinado, a atmosfera interna deverá ser testada por trabalhador autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta, intrinsicamente seguro, protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofrequências, calibrado e testado antes da utilização para as seguintes condições:

• Concentração de oxigênio
• Gases e vapores inflamáveis
• Contaminantes do ar potencialmente tóxicos

O registro de dados deve ser documentado pelo empregador, ou seu representante legal, e estar disponível para os trabalhadores que entrem no espaço confinado.

As seguintes condições se aplicam a espaços confinados:

Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os tornem inseguros no momento anterior à remoção de um vêdo, tampa ou tampão de entrada.

Em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou potencialmente capaz de atingir níveis de atmosfera IPVS, os trabalhadores deverão estar treinados e utilizar EPI’s (equipamentos de proteção individual) que garantam sua saúde e integridade física.

Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada:

O espaço deverá ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu, para registro de dados..

O empregador, ou seu representante legal, deverá verificar se o espaço confinado está seguro para entrada e que as medidas que antecedem a entrada tenham sido tomadas através de permissão de entrada por escrito.

PROGRAMA DE ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO:

O empregador que possua um espaço confinado deve:

Manter permanentemente um procedimento de permissão de entrada que contenha a permissão de entrada, arquivando-a;

Implantar as medidas necessárias para prevenir as entradas não autorizadas;

Identificar e avaliar os riscos dos espaços confinados antes da entrada dos trabalhadores;

Providenciar treinamento periódico para os trabalhadores envolvidos com espaços confinados sobre os riscos a que estão expostos, medidas de controle e procedimentos seguros de trabalho.

Manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos trabalhadores autorizados com os respectivos nomes e assinaturas.

Implantar o serviço de emergências e resgate mantendo os membros sempre à disposição, treinados e com equipamentos em perfeitas condições de uso.

Providenciar exames médicos admissionais, periódicos e demissionais – ASO – Atestado de Saúde Ocupacional (Norma Regulamentadora-7 do Ministério do Trabalho).

Desenvolver e implementar os meios, procedimentos e práticas necessárias para operações de entradas seguras em espaços confinados, incluindo, mas não limitado aos seguintes:

Manter o espaço confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando barreiras para proteger os trabalhadores que nele entrarão.

Proceder manobras de travas, bloqueio e raqueteamento quando houver necessidade.

Proceder a avaliação da atmosfera quanto à presença de gases ou vapores inflamáveis, gases ou vapores tóxicos e concentração de oxigênio.

Proceder a avaliação da atmosfera quanto à presença de poeiras, quando reconhecido o risco.

Purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espaço confinado são ações para eliminar ou controlar os riscos atmosféricos.

Proceder avaliação de riscos físicos, químicos, biológicos e/ou mecânicos.

EQUIPAMENTOS:

Providenciar os seguintes equipamentos, sem custo aos trabalhadores, funcionando adequadamente e assegurando a utilização correta:

Equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da atmosfera, calibrado e testado antes do uso, aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO. Os equipamentos que forem utilizados no interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser instrinsicamente seguros e protegidos contra interferência eletromagnética e radiofrequência, assim como os equipamentos posicionados na parte externa do espaço confinado que possa estar em áreas classificadas.

Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis, através de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser instrinsicamente seguros, assim como os ventiladores posicionados na parte externa do espaço confinado que possa estar em áreas classificadas. A operação de exaustão deverá ser realizada com ventiladores intrinsicamente seguros.

Equipamento de comunicação, intrinsicamente seguro aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO.

Equipamentos de proteção individual e movimentadores de pessoas intrinsicamente seguros em áreas classificadas.

Equipamentos para atendimento pré-hospitalar.

Equipamento de iluminação, intrinsicamente seguro aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO.

RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO:

Reconhecer os espaços confinados existentes e cadastrando-os e sinalizando-os.

Restringir o acesso a todo e qualquer espaço que possa propiciar risco à integridade física e à vida.

Garantir a divulgação da localização e da proibição de entrada em espaço confinado para todos os funcionários não autorizados.

Designar as pessoas que tem obrigações ativas nas operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciar o treinamento requerido.

Testar as condições nos espaços confinados para determinar se as condições de entrada são seguras. Monitorar continuamente as áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem operando.

PROCEDIMENTOS:

Todo e qualquer trabalho em espaço confinado, obrigatoriamente, deverá ter no mínimo, duas pessoas, sendo um deles denominado vigia.

Desenvolver e implementar procedimentos para os serviços de emergência especializada e primeiros socorros para o resgate dos trabalhadores em espaços confinados.

Desenvolver e implementar um procedimento para preparação, emissão, uso e cancelamento de permissões de entrada.

Desenvolver e implementar procedimentos de coordenação de entrada que garantam a segurança de todos os trabalhadores, independente de haver diversos grupos de empresas no local.

Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco de comprometimento dos trabalhos.

Circunstâncias que requerem a revisão do procedimento de entrada em espaços confinados, porém não limitada a estas:

• qualquer entrada não autorizada num espaço confinado;
• detecção de um risco no espaço confinado não coberto pela permissão;
• detecção de uma condição proibida pela permissão;
• ocorrência de um dano ou quase-acidente durante a entrada;
• uma mudança no uso ou na configuração do espaço confinado e,
• queixa dos trabalhadores sobre a segurança e saúde do trabalho.

As permissões de entrada canceladas por motivo de surgimento de riscos adicionais devem ser arquivadas pelo período de um ano e servirão de base para a revisão do programa.

Procedimento de Permissão de Entrada:

Antes que a entrada seja autorizada, o empregador, ou seu representante legal, deverá documentar o conjunto de medidas necessárias para a preparação de uma entrada segura.

Antes que a entrada comece, o supervisor, identificado na permissão, assinará a permissão de entrada para autorizá-la.

A permissão completa estará disponível, para todos os trabalhadores autorizados, pela sua fixação na entrada ou por quaisquer outros meios igualmente efetivos.

A permissão de entrada será encerrada ou cancelada a Permissão quando:

• As operações de entrada cobertas pela Permissão tiverem sido completadas;
• Uma condição não prevista na Permissão de Entrada ocorre dentro ou nas proximidades do espaço confinado.
• Houver a saída, pausa ou interrupção dos trabalhos em espaços confinados.

Permissão de Entrada

A Permissão de Entrada que documenta conformidade das condições locais e autoriza a entrada em cada espaço confinado identificará:

O espaço confinado a ser adentrado;

O objetivo da entrada;

A data e a duração da autorização da Permissão de Entrada;

Os Trabalhadores Autorizados a entrar num espaço confinado deverão ser relacionados e identificados pelo nome e pela função que irão desempenhar;

Espaço para assinatura e identificação do supervisor que autorizou a entrada;

Os riscos do espaço confinado a ser adentrado;

As medidas usadas para isolar o espaço confinado e para eliminar ou controlar os riscos do espaço confinado antes da entrada;

A Permissão de Entrada é válida somente para cada entrada.

Treinamento:

O empregador, ou seu representante legal, deverá providenciar treinamento inicial e periódico de tal forma que todos os trabalhadores envolvidos com a questão do espaço confinado adquiram capacitação, conhecimento e habilidades necessárias para o desempenho seguro de suas obrigações designadas;

Deverá ser providenciado o treinamento:

Antes que o trabalhador tenha as suas obrigações designadas;

Antes que ocorra uma mudança nas suas obrigações designadas;

Sempre que houver uma mudança nas operações de espaços confinados que apresentem um risco sobre o qual trabalhador não tenha sido previamente treinado;

Sempre que houver uma razão para acreditar que existam desvios nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos dos trabalhadores não sejam adequados (insuficientes ou impróprios) ou no uso destes procedimentos.

O treinamento deverá estabelecer para o trabalhador proficiência nos deveres requeridos e introduzirá procedimentos novos ou revisados, sempre que necessário.

O empregador, ou seu representante legal, certificará que o treinamento requerido tenha sido realizado. O conteúdo mínimo programático requerido de treinamento é:

• Definição de espaço confinado
• Riscos de espaço confinado
• Identificação de espaço confinado
• Avaliação de riscos
• Controle de riscos
• Calibração e/ou teste de instrumentos utilizados
• Certificação do uso correto de equipamentos utilizados
• Simulação
• Resgate
• Primeiros socorros
• Ficha de permissão

A certificação conterá o nome de cada trabalhador, as assinaturas dos instrutores, o conteúdo programático e as datas de treinamento. A certificação estará disponível para inspeção dos trabalhadores e seus representantes autorizados.

Deveres dos Trabalhadores Autorizados.

O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que todos os Trabalhadores Autorizados:

Conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar durante a entrada, incluindo informações sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição;

Usem adequadamente os equipamentos;

Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o Vigia monitore a atuação dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado;

Alertas

O trabalhador deve alertar o Vigia sempre que:

• Reconheça algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação perigosa, não prevista;

• Detecte uma condição proibida.

Abandono

A saída de um espaço confinado deve ser processada o mais rápido possível se:

O Vigia e/ou o Supervisor de Entrada ordenarem abandono;

O trabalhador reconheça algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a uma situação perigosa;

Um alarme de abandono for ativado.

Deveres dos Vigias:

Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição.

Estar ciente dos riscos de exposição nos Trabalhadores Autorizados;

Manter continuamente uma contagem precisa do número de Trabalhadores Autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar os trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos trabalhadores que estão no espaço confinado;

Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, durante as operações até que seja substituído por um outro Vigia;

Acionar a equipe de resgate quando necessário;

Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência.

Manter comunicação com os Trabalhadores para monitorar o estado deles e para alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;

Não realizar outras tarefas que possam comprometer o dever primordial, que é o de monitorar e proteger os trabalhadores

Abandono

As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há segurança para os trabalhadores permanecerem no interior do mesmo. Deve-se ordenar aos trabalhadores, o abandono imediato do espaço confinado sob quaisquer das seguintes condições:

• Se o Vigia detectar uma condição de perigo;

• Se o Vigia detectar uma situação externa ao espaço que possa causar perigo aos trabalhadores;

• Se o Vigia não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus deveres;

Os Deveres do Supervisor de Entrada:

Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição;

Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permissão de Entrada e que todos os testes especificados na permissão tenham sido executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na permissão estejam no local antes que ocorra o endosso da permissão e permita que se inicie a entrada;

Cancelar os procedimentos de entrada e a Permissão de Entrada quando necessário;

Verificar se os Serviços de Emergência e Resgate estão disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;

Determinar, no caso de troca de turno do Vigia, que a responsabilidade pela continuidade da operação seja transferida para o próximo vigia.

Serviços de Emergência e Resgate:

Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que entrem em espaços confinados para executar os serviços de resgate:

O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que cada membro do serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual, respiratória e de resgate necessários para operar em espaços confinados e sejam treinados no uso adequado dos mesmos.

Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas.

Cada membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo treinamento requerido para os Trabalhadores Autorizados.

Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate em espaços confinados, ao menos uma vez a cada doze meses, por meio de treinamentos simulados nas quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaços confinados ou espaços confinados representativos.

Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços confinados dos quais o resgate será executado.

Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros socorros básicos e em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do serviço de resgate deverá estar disponível e ter certificação atual em primeiros socorros e em RCP.

Sistemas de Resgate:

Os sistemas de resgate deverão ter os seguintes requerimentos:

Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a equipe de resgate precise adentrar no mesmo, poderão ser utilizados movimentadores individuais de pessoas, atendendo os princípios dos primeiros socorros desde que não prejudiquem a vítima.


Modelo - Permissão de Entrada em Espaço Confinado

Nome da Empresa:_______________________________________________________________
Local do Espaço Confinado:______________ ___________Espaço Confinado n:______________
Data e Horário da Emissão: _________________Data e Horário do Término:_________________
Trabalho a ser Realizado:__________________________________________________________
Trabalhadores Autorizados:________________________________________________________
Vigia:________________________ Equipe de Resgate:__________________________________
Supervisor de Entrada: ____________________________________________________________

Procedimentos Que Devem Ser Completados Antes da Entrada

1. Isolamento S( )N( )

2. Teste Inicial da Atmosfera: Horário_____
Oxigênio __________________________________________________________________% O2
Inflamáveis ________________________________________________________________%LIE
Gases/vapores tóxicos ________________________________________________________ppm
Poeiras/fumos/névoa tóxicos__________________________________________________mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Supervisor dos Testes:____________________________________

3. Bloqueios/Travamento/Raqueteamento e Etiquetagem _____________________N/A( ) S( ) N( )
4. Purga e/ou Lavagem ________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
5. Ventilação/Exaustão – tipo e equipamento _______________________________N/A( ) S( ) N( )
6. Teste após Ventilação e Isolamento: Horário______
Oxigênio _______________________________________________% O2 > 19,5% ou > 22,0 %
Inflamáveis __________________________________________________________%LIE < 10%
Gases/vapores tóxicos ________________________________________________________ ppm
Poeiras/fumos/névoa tóxicos__________________________________________________mg/m3
Nome Legível / Assinatura do Supervisor dos Testes:____________________________________

7. Iluminação Geral ____________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
8. Procedimentos de Comunicação:________________________________ _______N/A( ) S( ) N( )
9. Procedimentos de Resgate: ____________________________________________N/A( ) S( ) N( )
10. Procedimentos e Proteção de Movimentação Vertical: _______________________N/A( ) S( ) N( )
11. Treinamento de Todos os Trabalhadores? É atual?______________________________ S( ) N( )

12. Equipamentos:
13. Equipamento de Monitoramento Contínuo de Gases de Leitura Direta com
Alarmes em condições:________________________________________________________S( ) N( )
Lanternas______________________________________________________________N/A( ) S ( ) N( )
Roupa de Proteção ______________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
Extintores de Incêndio ____________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
Capacetes, Botas, Luvas _________________________________________________ N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos de Proteção Respiratória/Autônomo ou Sistema de ar mandado com cilindro de escape__________________________ ______________________________________N/A( ) S( ) N( )
Cinturão de Segurança e Linhas de Vida para os Trabalhadores Autorizados _____________ S( ) N( )
Cinturão de Segurança e Linhas de Vida para a Equipe de Resgate _______________ N/A( ) S( ) N( )
Escada _______________________________________________________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos de movimentação vertical/suportes externos ______________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamentos de Comunicação Eletrônica ____________________________________N/A( ) S( ) N( )
Equipamento de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape para a Equipe de Resgate ?___________________________________________________________S( ) N( )
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos _________________________________________N/A( ) S( ) N( )

Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos

14. Permissão de Trabalhos à Quente _________________________________________N/A( ) S( ) N( )

Procedimentos de Emergência e Resgate:

Telefones e Contatos: Ambulância :________Bombeiros :____________Segurança:________

• A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não”. Obs.: “N/A” não se aplica, “S” sim e “N” não.

• A falta de monitoramento contínuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do vigia ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica no abandono imediato da área

• Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica na emissão de nova Permissão de Entrada.

• Esta Permissão de Entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o término do mesmo. Após o trabalho, a mesma deverá ser arquivada.


BIBLIOGRAFIA:

OSHA – Occupational Safety and Health Administration, Department of Labor - 29 CFR Chapter XVII (Parts 1900 to 1910);

MANUAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM INDÚSTRIAS QUÍMICAS, PETROQUÍMICAS E DE PETRÓLEO – Dácio de Miranda Jordão;

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Manual de Primeiros Socorros

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS



Vítima Inconsciente


A Primeira medida que devemos tomar diante de uma vítima que não se comunica é verificar o grau de consciência.

Para isto devemos saber se ela:
Se comunica
Responde ao toque
Responde à dor.

Se a vítima está inconsciente, não responde nem ao toque nem à dor, devemos perceber se ela respira.
Se a vítima está inconsciente e respirando, a musculatura fica relaxada e a língua pode "escorregar" para trás e impedir a passagem do ar; podem ocorrer vômitos ou eliminação de mucosas.
Para evitar que isto aconteça, devemos deixar a vítima na posição "de bruços".
Se a vítima está inconsciente e sem respiração, devemos estendera cabeça dela para trás; se não voltarem os movimentos respitatórios, inicie a Respiração Artificial.

Primeiros Socorros - Convulsão
Conceito: É a perda súbita da consciência, acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias. Acontece repentinamente.

Causas:
Pode ser causada por febre muito alta, epilepsia, traumatismo na cabeça e intoxicações.

Sintomas:
A pessoa perde a consciência e cai no solo, agita todo o corpo, com batimentos na cabeça, braços e pernas, e a sua face fica com expressão retorcida, como se estivesse fazendo expressões faciais agressivas, com olhos revirados para cima e salivação abundante. Após a convulsão, a pessoa entra em sono profundo.

Conduta:
Evitar, se possível , a queda da vítima contra o chão;
Colocar um pano entre os dentes para que a vítima não morda a língua;
Não se deve impedir os movimentos convulsivos; devemos afastar os objetos próximos para que ela não se machuque, batendo contra eles;
Afrouxar a roupa da vítima;
Evitar estímulos como sacudidas, aspiração de vinagre, álcool ou amoníaco;
Não ficar com medo da salivação abundante. Ela não é contagiosa;
Durante a convulsão, observar as partes do corpo que estão apresentando movimentos convulsivos para relatar ao serviço de saúde.
Quando as contratações desaparecem acomode a vítima de forma confortável, orientando-a quanto ao tempo e espaço e confirmado se ela respira bem ;
Encaminhar , em seguida , à Assistência Qualificada.


Hemorragia

Conceito:
Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria, alterando o fluxo normal da circulação.
A Hemorragia abundante e não controlada pode causar morte de 3 a 5 minutos.



Classificação:
1. Segundo o Local:
Externa: Origem visível, o sangue verte para o exterior.
Interna: quando se produz numa cavidade fechada. Ex: fígado, baço,etc.
Mista: Interna no momento de produzir-se, e externa quando verte para o exterior.

2. Segundo a espécie:
Arteriais: Mais perigosas; o sangue é vermelho vivo e sai em jato forte, rápida e intermitentemente.
Venosas: O sangue é mais vermelho-escuro, e sai de forma contínua e lentamente.
Capilares: O sangue é de cor intermediária, e brota como pequenas gotas.




Fatores que interferem e modificam o efeito de uma hemorragia.
Idade: menor tolerada nas crianças e velhos.
Sexo: menor tolerada nas mulheres.
Estado de saúde anterior.
Outros.



O que fazer diante de uma Hemorragia?

As providências que você deve tomar para estancar a hemorragia vão depender da parte do corpo emque ela se localiza.

1. Hemorragia Interna: Uma colisão, um choque com objeto pesado pode acarretar ao trabalhador, muitas vezes, uma hemorragia interna. A hemorragia se traduz pelo rompimento de vasos internamente ou de órgãos importantes como o fígado ou o baço.

Como não vemos o sangramento, temos que prestar atenção a lguns sinais externos, para podermos diagnosticar e encaminhar ao tratamento médico imediatamente e evitar o estado de choque.

Verificar:
Pulsação: - Se o pulso está fraco e acelerado;
Pele: - Se está fria, pálida e as mucosas dos olhos e da boca estão brancas;
Mãos e dedos (extremidades): - Ficam arroxeados pela diminuição da circulação sanguínea.

O que fazer:
1. Deitar o acidentado, com a cabeça num nível mais baixo que o do corpo, mantendo-o o mais imóvel possível.;
2. Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma;
3. Tranquilizar o acidentado se ele estiver consciente;
4. Suspender a ingestão de líquidos;
5. Observar rigorosamente a vítimapara evitar parada cardíaca e respiratória;
6. Providenciar auxílio médico.


2. Hemorragia Externa: Nos membros Superiores (Braços) e Inferiores (Pernas): São casos que você encontra com facilidade. Acidentes que podem acontecer a qualquer momento quando lidamos com materiais cortantes ou mesmo quando se leva um tombo e há sangramento na ferida.

O que fazer:
1. Deitar a vítima imediatamente;
2. Levante o braço ou a perna ferida e deixe assim o maior tempo possível;
3. Coloque sobre a ferida um curativo de gaze ou pano limpo e pressione;
4. Amarre um pano ou atadura por cima do curativo;
5. Se continuar sangrando, fazer compressão na artéria mais próxima da região;
6. Providenciar auxílio médico.
Ao cesar a hemorragia, evitar os movimentos da parte afetada.

3. Hemorragia Nasal -

De todas as hemorragias que podem acontecer, esta é a mais comum em crianças ou adultos; causada pelo rompimento dos vasos sanguíneos do nariz devido a esforços físicos, excesso de sol, trabalhos expostos a altas temperaturas, diminuição de pressão atmosférica, saídas briscas de câmaras pneumáticas de submersão, ou ainda em consequência de algumas doenças, o que requer uma investigação imediata.

O que fazer ?
1. Tranquilizar a vítima;
2. Afrouxar a roupa que esteja comprimindo o pescoço e o tórax da vítima;
3. Sentar a vítima em local fresco, verificando o pulso (se estiver cheio e forte, deixar sair uma certa quantidade de sangue);
4. Comprimir a narina sangrante com os dedos (5 a 10 minutos);
5. Usar um chumaço de algodão tampando a narina sangrante;
6. Colocar compressa de pano frio ou bolsa ed gelo no nariz, testa e nuca;
7. Se não cessou desta forma, encaminhar a vítima imediatamente ao médico.

Recomendações:
Peça a vítima que respire pela boca;
Não deixe que assoe o nariz.


Intoxicação


Vivemos diaramente cercados por substâncias tóxicas , seja no ambiente de trabalho,como no caso dos Farmacêuticos, ou no nosso lar , onde existem produtos variados: desinfetantes , inseticidas , tintas , água sanitária , remédios , etc . , e trabalhamos com elas diaramente.
Saiba que todas podem causar sérias intoxicações , pois:
"Qualquer substância pode ser tóxica , dependendo da dose e maneira de usá-la."


Vias de penetração:
Boca: ingestão de qualquer tipo de substância tóxica , química ou natural.
Pele: contato direto com plantas de substâncias químicas tóxicas.
Vias respiratórias: aspiração de vapores ou gases emanados de substâncias tóxicas.
Contaminação dos olhos: Por contato com substâncias tóxicas ou naturais.


Sinais e Sintomas:
Os sinais e sintomas normalmente variam conforme a substância tóxica e via de penetração.
Porém , de maneira geral podemos observar:
Sinais evidentes na boca ou na pele de que a vítima tenha mastigado , engolido , aspirado ou contato com substâncias químicas ou naturais (medicamentos, plantas, etc.) ;
Hálito com odor estranho , no caso de ingestão ou inalação de um tóxico ;
Modificação na coloração dos lábios e exterior da boca ;
Dor , sensação de queimação na boca , garganta ou estômago ;
Sonolência , confusão mental , torpor ;
Delírios , alucinações e estado de coma ;
Lesões na pele , queimaduras intensas com limites bem nítidos ;
Depressão respitatória .


Intoxicação por Plantas



Conceito:
Plantas tóxicas são encontradas em todos os lugares: quintais, terrenos baldios e dentro de casa. Quando colocadas na boca ou manipuladas podem ser perigosas, principalmente para as crianças. Os efeitos das plantas variam com as diferentes espécies, sendo comum náuseas, vômitos, diarréia e desidratação.



PREVENÇÃO:
Mantenha longe do alcance das crianças.
Ensine as crianças que não se colocam plantas na boca.
Conheça as plantas que tem em casa e arredores pelo nome e características.
Não use remédios caseiros feitos de plantas sem orientação médica.
Não coma plantas desconhecidas. Lembre-se de que há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.

PRIMEIROS SOCORROS:

Retire da boca o que resta da planta, cuidadosamente.
Enxague a boca com água corrente abundante.
Faça ingerir água, leite, clara de ovo.
Examine a língua e a garganta para verificar a irritação causada.
Procure um Médico.
Guarde a planta para posterior identificação.


TABELA
Nome:
Partes Tóxicas Tóxico / Efeito Característico
Comigo Ninguém Pode
Copo de Leite
Antúrio Látex
Folhas
Caule Oxalato de Cálcio
Dor em queimação
Irritação de mucosas
Edema
Náuseas e Vômitos
Pinhão de Purga
Mamona Sementes Toxalbumina
Vômitos
Cólicas
Diarréia sanguinolenta
Insuficiência Renal
Saia Branca
Figueira do Inferno Toda Planta Alcalóides
Pele quente e seca
Agitação
Alucinação
Rubor de face
Mandioca Brava Entrecasca da raiz Glicosídio Cianogênico:
Vômitos
Cólicas
Sonolência
Convulsões / Coma
Asfixia
Espirradeira
Chapéu de Napoleão Toda Planta Glicosídeo Cardiotóxico:
Vômitos , Diarréia , Alterações cardíacas
Coroa de Cristo
Estrela de Cadete Leitera Látex Látex Irritante:
Salivação
Vômitos
Queimaduras




Parada Cardio-Respiratória


Vários são os acidentes que provocam uma parada da respiração: asfixia , afogamento , intoxicação por medicamentos e monóxido de carbono, sufocamento, choque elétrico. Se as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro de 3 a 5 minutos , as atividades cerebrais cessarão totalmente ocasionando a morte.
Assim sendo, a manutenção da oxigenação dos tecidos à custa da respiração artificial tem possibilitado a recuperação de muitas pessoas. Alguns sinais de que houve parada respiratória são a ausência de respiração (expansão do tórax) e a dilatação das pupilas.


O que fazer ?
1. Afastar a causa ou a vítima da causa, se for necessário;
2. Verificar nível de consciência;
3. Retirar da vítima a dentadura , pontes , restos de alimentos;
4. Abrir e manter desobstruída a passagem de ar;
5. Iniciar imediatamente a Respiração Artificial (boca a boca):
Levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com outra inclinar a cabeça para trás ficando a ponta do queixo voltada para cima.
Tampar as narinas da vítima com o polegar e o indicador, e abrir completamente a boca da vítima.
Encher bem os pulmões e colocar a sua boca sobre a da vítima, sem deixar nenhuma abertura, assoprando com força até perceber que o tórax da vítima está se elevando.
Iniciar novamente a operação, repetindo-a de 12 a 18 vezes por minuto, uniformemente e sem interrupção.
Encaminhar a vítima para um Pronto-Socorro, mas continuar a técnica durante todo percurso.
Se não houver pulsação efetuar ao mesmo tempo a massagem cardíaca.


Respiração Boca a Nariz
É usada quando a vítima sofreu fratura de mandíbula , cortes (com Hemorragia) na boca, ou quando não se consegue abrir sua boca.
Levantar a nuca da vítima com uma das mãos e com a outra, inclinar a cabeça para trás, ficando a ponta do queixo para cima.
Apertar o maximilares para evitar a saída de ar pela boca.
Colocar sua boca em contato com as narinas da vítima e soprar com força.
Afastar a boca.
Abrir a boca da vítima o quanto puder e observar o esvaziamento natural dos pulmões.
Recomeçar a operação e prosseguir num ritmo de 12 a 18 vezes por minuto.
Encaminhar a vítima para um Pronto Socorro e continuar a técnica no percurso.

Parada Cárdio - Respiratória:
Parada cardíaca é a cessação repentina dos batimentos cardíacos.
Nos ambientes de trabalho onde se encontram trabalhadores expostos a determinados agentes químicos , como monóxido de carbono, defensivos agrícolas, etc. há o perigo de ocorrer a parada cardíaca.
Também pode estar presente no infarto do coração , em choques elétricos, intoxicações, acidentes graves e outros.
Sinais de que houve parada cardíaca:
a.Pulso Ausente;
b. Insuficiência Respiratória;
c. Dilatação nas pupilas dos olhos;
d. Perda da Consciência;
e. Cianose (Coloração arroxeada da pele e lábios);
f. Ausência de batimentos cardíacos.

O que fazer:
Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida;
Apoiar a metade inferior da palma da mão no terço inferior do osso esterno e colocar a outra mão por cima da primeira (os dedos e o restante da palma da mão devem encostar no tórax da vítima);
Esticar os braços e comprimir verticalmente o tórax do acidentado;
Fazer regularmente compressões curtas e fortes (cerca de 60 por minuto);
Concomitantemente, associar a respiração artificial , seguindo um ritmo de cinco compressões para cada respiração aplicada.


Técnica de massagem Cardíaca
Nos casos de parada cardíaca e respiratória iniciar a reanimação cardiopulmonar - massagem cardíaca e respiração artificial.Se tiver apenas um socorrista , este deverá aplicar após cada 15 compressões cardíacas, 2 insuflações de ar boca a boca, alternadamente, até que chegue outra pessoa para auxiliá-lo ou até que a vítima se reanime.
Nos casos em que houver dois socorristas, fazer 5 compressões cardíacas, e uma insuflação de ar boca a boca, alternadamente até que seja providenciado assistência médica ou até que a vítima se reanime.


ATENÇÃO: Este é o socorro mais urgente e importante que você deverá aplicar para salvar uma pessoa.



Picadas de Peçonhentos



São muito comuns envenenamentos causados por picada de animais peçonhentos, facilmente encontrados em qualquer parte do Brasil, como escorpiões, aranhas e serpentes. Esses animais inoculam ativamente sua peçonha no homem, que produz sintomas que variam segundo a espécie, quantidade de veneno injetado, condições de nutrição, peso e altura.

Caracterização de Animais Peçonhentos

Condutas:

1. Escorpiões
Os acidentes com escorpiões são pouco freqüentes. Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos.
Encontram-se em pilhas de madeiras, cercas, tijolos, cupinzeiros. Sapatos e botas são ótimos esconderijos. O veneno escorpiônico ataca o sistema nervoso (neuro-tóxico). É um veneno potente e pode provocar a morte de indivíduos subnutridos e de pequeno porte, como é o caso das crianças.

Sinais e Sintomas:

Nos casos graves, há fortes dores no local da picada, com tendência a se espalhar para regiões vizinhas;
A temperatura do corpo cai, e o suor torna-se execessivo;
Aumento da pressão, enjôo e vômitos.

Há risco de vida nas primeiras 24 horas, principalmente em crianças.

2. Aranhas

Este é um animal tão comumente encontrado que nem mesmo nos damos conta do perigo que ele pode representar. Isto acontece porque nem todas as aranhas representam perigo de vida.

Os tipos que representam maiores prigos são:
Aranha Marron - Loxosceles
Armadeiras - Phoneutria - 75% de incidência de acidentes;
Tarântulas - Lycosa;

Conduta frente a picadas de Aranhas e Escorpiões:

Evitar que o paciente se movimente muito;
Não fazer torniquete no membro acidentado;
Aplicar compressas frias (10 a 15 ºC) nas primeiras horas;
Aplicar respiração artificial, caso a pessoa não estiver espirando bem.;
Encaminahr ao serviço médico.

3.Serpentes

O grau de toxicidade da picada depende da potência, quantidade de veneno injetado e do tamanho da pessoa atingida. No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devida a serpentes dos gêneros Botrópico, Crotálico e Elapídico.

a) Sinais e Sintomas

Botrópicos: (Urutu, Jararaca, Jararacuçu) - Fortes dores no local, inchaço, vermelhidão ou arroxeamento e aparecimento de bolhas. O sangue torna-se de difícil coagulação e pode-se observar hemorragia no local da picada, brm como na gengiva;
Crotálico (Cascavel): Quase não se vê o sinal da picada,e também há pouco inchaço no local. Algumas horas após o acidente se observa a dificuldade que o paciente tem de abrir os olhos, acompanhada de visão "dupla" (vê os objetos duplicados). O paciente fica com "cara de bêbado". Outro sinal é o escurecimento da urina, após 6 e 12 horas da picada, caracterizando pela cor de coca-cola. Responsável por 9% dos acidentes.
Elapídico (Corais): Pequena reação no local da picada. Poucas horas após, ocorre a "visão dupla", associada à queda das pálpebras; a vítima também fica com "cara de bêbada". Outro sinal é a falta de ar, que pode, em poucas horas, causar a morte do paciente. Responsável por 1% dos acidentes.

b) Conduta em Casos de Picadas de Serpentes: (de qualquer tipo) - Lembre-se: "A vida do acidentado depende primordialmente da rapidez com que se fizer o tratamento pelo soro."
Trazer, se possível, a serpente causadora do acidente;
Não fazer torniquete;
Dirigir-se urgentemente a um serviço médico;
O acidentado não deve locomover-se pelos próprios meios, principalmente se picado no menbro inferior. Sempre há uma maneira de transpotá-lo.
Não perca tempo em fazer tratamento local, o tempo é precioso.

c) Orientação de prevenção contra animais peçonhentos:
Não trabalhar ou andar descalço em jardins.
Não mexer em buracos no chão ou em paredes;
Olhar bem para o chão ou em paredes;
Olhar bem para o chão quando estiver caminhando.
Ter cuidado com montes de folhas ou cupim seco, e com mato;
Lugares onde aparecem muitos roedores (ratos) são os melhores para as cobras se alimentarem;
Mantenha jardim e quintais limpos; não deixe perto de casa restos de materiais de construção.


Traumatismo Musculo-Esquelético


1. Entorse
Conceito: É uma lesão que ocorre quando se ultrapassa o limite normal de movimento de uma articulação. Normalmente, ocasiona um distensão dos ligamentos e da cápsula articular.
Sinais e Sintomas:
Dor intensa ao redor da articulação;
Dificuldade de movimentação em graus variáveis;
Pode haver sangramentos internos.
Conduta:
Aplicar frio intenso no local (bolsa de gelo, toalhas frias, etc.). Não fazer massagens ou aplicações quentes (apenas 24 horas após o entorse.).
Imobilizar a articulação atingida e não movimentá-la;
Procurar um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequados.


2. Contusão

Conceito: É o resultado de um forte impacto na superfície do corpo. Pode causar uma lesão nos tecidos moles da superfície, nos músculos ou em cápsulas ou ligamentos articulares. Algumas vezes a lesão é profunda , tornando difícil determinar a sua extensão.
Sinais e Sintomas:
Coloração roxa da pele.(Hematoma)
Dor na área de contato.
Conduta:
Aplicar gelo no local imediatamente. Não massagear ou aplicar calor (apenas 24 horas após a contusão);
Procurar um serviço de Saúde para avaliação e tratamento adequado.


3. Luxação

Conceito: É o deslocamento de um osso da articulação, geralmente acompanhado de uma grave lesão de ligamentos articulares. Isso resulta no posicionamento anormal dos dois ossos da articulação. A luxação pode ser total ou parcial (os dois ossos da articulação ainda permanecem em contato).
Sinais e Sintomas:
Deformidade e movimento anormal da articulação;
Cavidade entre as superfícies articulares;
Dor intensa;
Sangramento intenso;
Conduta:
Cuidadosamente colocar os dois ossos numa posição de conforto que permita a imobilização e o transporte com o mínimo de dor. A articulação só deve ser recolocada no lugar por profissionais médicos;
Não fazer massagem ou aplicação de calor;
Procurar imediatamente um Serviço de Saúde para avaliação e tratamento adequado.



4. Fratura

Conceito: É o rompimento total ou parcial de qualquer osso.

Classificação: Quanto à relação do osso como o meio externo:
1. Fechada: Quando a pele não é rompida pelo osso quebrado;
2. Aberta ou Exposta: Quando o osso atravessa a pele e fica exposto. A possibilidade de infecção neste tipo de fratura é muito grande, e deve ser observada com atenção.

Quanto à extensão da fratura:
1. Completa: Abrange toda a espessura do osso;
2. Incompleta: Abrange parte da espessura do osso.

Sinais e Sintomas:
Dor intensa no local e que aumenta ao menor movimento;
Inchaço no local;
Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar de um papel);
Hematoma (rompimento de vaso, com acúmulo de sangue no local);
Paralisia por lesão de nervos.
Conduta:
Não tentar colocar o osso no lugar, pois isto poderá causar complicações. Colocar os ossos numa posição mais próxima do natural, lentamente, junto ao corpo;
Só movimentar o segmento do corpo fraturado após sua imobilização. Esta pode ser feita com um pedaço de madeira, cabo de vassoura, guarda-chuva, jornal enrolado ou outro material estável. Deve-se imobilizar as articulações acima e abaixo do local fraturado;
Evitar limpar qualquer ferida; qualquer movimento desnecessário poderá causar complicações (exposição da fratura, corte de vasos ou ligamentos, etc.);
Aplicar gelo para reduzir a inflamação;
Procurar um Serviço de Saúde para avaliação e tratamento adequados.

IMPORTANTE: Se existe dúvida se o osso está ou não quebrado, agir como se realmente houvesse um fratura e imobilizar.

5. Fraturas na Coluna Vertebral

A Coluna Vertebral é feita de vários ossos pequenos (vértebras), empilhados uns sobre os outros. Num canal interno passam os nervos (medula) que levam e trazem mensagens do cérebro para o restante do organismo, para que se realizem todas as atividades do corpo humano (respiração, movimentação, etc.). Uma fratura da coluna vertebral pode causar lesões na medula , levando a danos irreversíveis ou não à saúde da pessoa (exemplo: paralisia das pernas).

Sinais e Sintomas:
Dor nas costas ou pescoço;
Formigamento de parte do corpo, geralmente nas pernas;
Dificuldade ou impossibilidade de movimento, ou de sentir alguma parte do corpo (geralmente as pernas);

Conduta:
Não deixar a vítima se movimentar, ou não tentar remover a pessoa do local sem ajuda;
Imobilizar a pessoa (sem movimentá-la bruscamente) completamente de tal forma que ao levá-lo a um Serviço de Saúde NÃO haja movimento da coluna ou da cabeça.


Queimadura

Conceito: Queimaduras são ferimentos produzidos nos tecidos pela ação de agentes:
Físicos (Frio , Calor) Ex: Eletricidade, raios solares, fogo, vapores, etc.
Químicos (Produtos Corrosivos) Ex: Ácidos ou Bases Fortes.
Classificação:

1.Quanto à profundidade:
Primeiro Grau: Quando a lesão é superficial, provocando apenas o vermelhidão da pele, sem formar bolhas. Geralmente ocorre muita dor pela irritação das terminações nervosas da pele.
Segundo Grau: Quando a lesão é mais profunda, provocando a formação de bolhas.
Terceiro Grau: Quando a pele é destruída e são atingidos músculos e/ou orgãos internos do corpo.
2. Quanto à extensão:
As queimaduras são classificadas quanto à área do corpo atingida. Quando a área afetada é maior que a da palma da mão, a vítima deve receber assistência qualificada depois que lhe forem prestados os primeiros socorros.

Conduta:

Retirar a pessoa do contato com a causa da queimadura. Exemplos:
Agentes Químicos: Lavar a área queimada com bastante água, retirando a roupa se ainda contiver alguma substância.
Fogo: Apagar de forma adequada (extintor apropriado, areia, água ou outro). Pode-se abafar com cobertor ou rolar o acidentado no chão. Não correr.
Verificar se a respiração, o batimento cardíaco e o nível de consciência estão normais. Se não proceder ao atendimento conforme explicação anterior.
Aliviar ou reduzir a dor e prevenir a infecção:
Mergulhar a área afetada em água limpa ou em água corrente até aliviar a dor. Não romper as bolhas ou retirar roupas queimadas que estiverem aderidas à pele. Se as bolhas estiverem rompidas, não colocar em cintato com a água.
Não aplicar pomadas, líquidos, cremes e outars substâncias sobre a queimadura. Estas podem complicar o tratamento e necessitam de indicação médica.
Se a pessoa estiver consciente e sentir sede, deve ser-lhe dada toda a água que deseja beber, lentamente e com cuidado.
Encaminhar logo à assistência de saúde, para avaliação e tratamento.

Choque Elétrico

Acidentes com eletricidade oferecem perigo também a quem presta socorro . Não deixe ninguém se aproximar .
Lembre-se : nunca tente soltar alguém preso a um fio de alta tensão . A primeira coisa a se fazer é desligar a corrente elétrica . se isto não for possível , separe a vítima do contato usando algum material que seja mal condutor de eletricidade : Madeira , couro , pano ou borracha , sempre seco e resistentes . Se a pessoa não estiver respirando aplique a respiração artificial . Se constatar a parada cardíaca , inicie a massagem cardíaca .

OBS : NÃO CESSE A REANIMAÇÃO CARDIO RESPIRATÓRIA ( MASSAGEM CARDÍACA E RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL ) , ATÉ QUE A VÍTIMA SEJA CONDUZÍDA PARA UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA , MESMO DURANTE O TRANSPORTE , 03 A 05 MINUTOS SEM OXIGENAÇÃO , PODE SER FATAL PARA A VÍTIMA .

Choques elétricos podem provocar queimaduras com vários graus de intensidade . Elas devem ser lavadas delicadamente com água fervida fria , cuidando-se para não deslocar a pele queimada .
Não retire coágulos para não provocar hemorragia . Quando o local atingido for um menbro , imobilize-o . Se a vítima estiver consciente e com sede , molhe seus lábios e língua com compressas úmidas .


Orientação final

Procure permanecer o mais calmo possível em uma situação de emergência ; seja ágil mas não apavore , não perca a lucidez . Correria sem raciocínio , pode ser fatal para a vítima . pense somente nos atos necessários para resolver a situação , conduza a vítima para um serviço médico o mais rápido possível .

ASSÉDIO MORAL

Agressividade e perseguição são marcas do assédio moral no ambiente de trabalho


Um ataque súbito de mau humor por parte do patrão. Uma desavença com seu superior que faz com que ele aumente o tom de voz. Uma explosão de nervos repentina de um chefe perante seu empregado. Episódios como estes não são incomuns nas empresas, onde diariamente muitos colaboradores convivem com pressões de todos os tipos.

No entanto, será que o fato do patrão perder a cabeça em um dia ruim pode ser considerado como um exemplo de assédio moral? Todas as pessoas que dizem ser vítimas desse assédio, de fato possuem a razão? Enfim, o que define que o trabalhador está sendo ou não assediado moralmente?

Segundo a professora doutora, em Direito do Trabalho do Cesumar e da UEM e palestrante sobre o tema, Leda Maria Messias da Silva, a primeira coisa que precisa ser esclarecida é que o assédio moral pode acontecer não apenas no ambiente de trabalho - onde é mais comum - mas também no meio social, familiar e estudantil.

Entretanto, no ambiente profissional, caracteriza-se quando o trabalhador é exposto a situações humilhantes e constrangedoras. "Tudo isso é realizado com intuito de desestabilizar a relação desse trabalhador com o ambiente de trabalho", diz.

A professora acrescenta que estas situações não são esporádicas, mas, sim, acontecem de forma repetitiva e prolongada durante toda a jornada de trabalho.

Além disso, se for de praxe do empregador apresentar uma conduta agressiva, tratando seus subordinados sem a devida dignidade e respeito que eles merecem, esse conjunto de fatores também pode caracterizar um caso de assédio moral.


Motivos do assédio

É sabido que uma empresa, na qual os profissionais exercem suas funções em um ambiente tranquilo e apaziguador, atinge os resultados mais significativos e registra maior produtividade.

Porém, a professora Leda esclarece que o pensamento de quem pratica o assédio moral anda por caminhos contrários a esta realidade. "Geralmente, o indivíduo é antiético e, não raras vezes, compraz-se com a sua perversidade, diante do sofrimento da vítima".

Sendo assim, as motivações do assediador podem ser diversas, desde inveja, ciúmes, insegurança, exclusão do trabalho e até pressão pela obtenção de metas impossíveis. "Não são raros os casos em que a vítima se vê compelida a pedir rescisão do contrato de trabalho, como forma de livrar-se do assediador" e, prossegue a professora, "há situações em que o assédio é praticado, justamente, para que a iniciativa da ruptura do contrato seja do empregado, livrando o empregador do pagamento das indenizações devidas, em face da dispensa sem justa causa".


Consequências para empregador e empregado

A reação das vítimas de assédio moral no trabalho variam de pessoa para pessoa, uma vez que cada um consegue lidar de um jeito com esse tipo de situação. "Alguns suportam mais, outros menos, mas de um modo geral problemas psíquicos, como depressão e baixa autoestima são verificados. Já existem até mesmo relatos de suicídios", conta a professora Leda.



Se por um lado as consequências físicas e psíquicas são sentidas pelo assediado, aquele que as comete corre o risco de sofrer as consequências jurídicas. "O agressor responderá pelo assédio moral, tendo que pagar indenização pelos danos morais. Do mesmo modo ele também poderá ser condenado pelos danos materiais sofridos pelos agredido, como no caso de gastos com tratamento de saúde", informa a especialista.

Como ainda não há criminalização para o assédio moral, como existe para o assédio sexual, por exemplo, o conselho é que a vítima recorra à Justiça do Trabalho, através de um advogado, para que o mesmo busque a reparação pelos danos morais e materiais sofridos.

"O assediador poderá ser dispensado por justa causa, mas o empregador é o responsável por manter um ambiente digno e, portanto, responderá pelos danos morais e materiais sofridos pela vítima do assédio, se praticado por um preposto seu", completa a professora.

De toda forma, vale ressaltar que o fato de não contar com um ambiente dos seus sonhos para o exercício do trabalho não significa, necessariamente, que o colaborador está sendo assediado moralmente.

Esta confusão, além de desgastar o profissional que se julga erroneamente assediado, pode fazer com que ele tenha ainda mais prejuízos com a perda de tempo e dinheiro.

Estresse ou stress

Estresse é o termo aportuguesado stress é o termo Ingles

"STRESS" é o resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira coisa que acontece com o nosso organismo nestas circunstâncias é uma descarga de adrenalina no nosso organismo, e os órgãos que mais sentem são o aparelho circulatório e o respiratório.
No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dos vasos sangüíneos periféricos. Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais.
No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios(bronco dilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios(taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina.
Quando o perigo passa, o nosso organismo para com a super produção de adrenalina e tudo volta ao normal. No mundo de hoje as situações não são tão simples assim e o perigo e a agressão estão sempre nos rodiando. Por isso a reação do organismo frente ao stress é de taquicardia, palidez, sudorese e respiração ofegante. Pode haver também um descontrole da pressão arterial e provocar um aumento da pressão à níveis bem altos, mas não siginifica que a pessoa seja hipertensa.

STRESS
O stress até pouco tempo era conhecido como cansaço. Estou cansado! Trabalhei muito. Mas a experiência clínica nos foi mostrando que não era o cansaço físico o grande vilão desencadeador do stress. A falta de atividade também desenvolvia a doença. Nos dias de hoje, onde a informação chega muito rápido, e na maioria das vezes são informações que nos causam temores, o stress passou a ser visto também pelo lado emocional, atingindo o nosso lado mental/comportamental. Com estes estudos verificamos que o stress corrompe todo o nosso organismo causando doenças como veremos adiante.
Diante destas situações, nós psicólogos buscamos um meio natural que combater esta doença: Psicoterapia ao natural. Saímos do consultório, lugar fechado, e buscamos a natureza, um hotel fazenda por exemplo. Um final de semana em grupo de pessoas com características comuns. Neste ambiente procuramos usar roupas frouxas, deixar os pés em maior contato com a grama ou mesmo a terra. Exercitar a respiração (aprender a respirar, pois não sabemos respirar) e, o mais importante a troca de informações e experiências entre os participantes. O remédio continua sendo os chás servidos três vezes ao dia. Neste ambiente também praticamos a meditação e alguns exercícios de postura e relaxamento.
Este é um dos momentos mais importante de nosso encontros, pois é a troca energética biológica com a natureza.
O contato com a vida animal nos coloca numa posição de reflexão diante da vida e da evolução da mesma.

COMO ATUA O STRESS
Imagine uma barra de ferro sendo torcida. A tensão na barra antes de partir é o que os físicos chamam de stress. No ser humano caracteriza-se por alterações orgânicas. Em 1965, Hans Selye usou o termo stress para designar o estado de tensão do organismo quando submetido a um agente que ameaça sua integridade. Ele chamou esta reação de luta ou fuga, de síndrome geral de adaptação. Este esforço tinha como objetivo neutralizar o agente stressante. A doença surgiria devido a uma falha do sistema de adaptação dos mecanismos de defesa do organismo.
As doenças causadas pelo stresse social dependem da natureza, intensidade e duração da situação, alem das tendências hereditárias e das primeiras experiências de vida do individuo.
O stress interfere nos sistema nervoso simpático e parassimpático, responsáveis pelo equilíbrio do organismo. Eles formam o sistema nervoso autônomo ou neuro vegetativo, que controla os batimentos cardíacos, a contração ou o relaxamento do estomago e a secreção das glândulas da mucosa estomacal.

MEDIDAS PARA COMBATER O "STRESS"
O combate ao stress não é fácil, mas existem algumas medidas que aliviam e podem ajudar muito. Quaisquer que sejam as medidas indicadas, o reconhecimento do problema é o primeiro passo para a cura. A partir de então programe o que fazer, o importante é tentar e mudar.
• Faça exercícios físicos ou pratique esportes regularmente. Abaixa a pressão e alivia as tensões causadas pelo stress.
• Arrume um hobby ou um passatempo, isto ajuda a desviar a sua atenção e alivia o stress.
• Controle a sua dieta, melhorando seus hábitos, diminuindo o consumo de bebidas alcóolicas e deixe de fumar. Ao contrário do que muita gente pensa estas atitudes não são estressantes mas, contribuem para a diminuição do stress.
• Procure conversar mais com as outras pessoas, melhore o seu relacionamento, isto não vai curar mas alivia as tensões.
• Procure sair de férias, se for possível, e deixe de se preocupar tanto.

sábado, 28 de agosto de 2010

Saiba mais sobre ler e Dort

Saiba mais sobre
Lesões por Esforços Repetitivos
LER/DORT

As lesões por esforços repetitivos (LER) ou as lesões por traumas cumulativos (LTC) são um grupo de doenças causadas pelo uso excessivo de determinada articulação, principalmente envolvendo as mãos, os punhos, cotovelos, ombros e joelhos. Essas doenças tem merecido destaque ultimamente devido ao aumento de casos que estão aparecendo, principalmente nas pessoas que trabalham com computadores e vem apresentando sintomas de dor e inflamação nas mãos. Por serem doenças que envolvem certas profissões, elas são consideradas doença do trabalho e muitas vezes levam o paciente à perda de dias de serviço, bem como afetam o andamento das empresas. Por essa razão, as empresas estão cada vez mais se preocupando em orientar os funcionários, para que esses possam se prevenir das lesões.

CAUSAS

A causa direta parece ser o uso excessivo de determinadas articulações do corpo, em geral relacionado a certas profissões. Como exemplo, poderemos citar os datilógrafos, os operadores de caixas registradoras, os profissionais da área de computação, os trabalhadores de linhas de montagem, costureiras e outros. Essas pessoas passam horas fazendo o mesmo movimento com as mãos ou braços, provocando uma inflamação das estruturas ósseas, ou nos músculos, nos tendões ou mesmo comprimindo nervos e a circulação. Existem várias doenças que podem ser enquadradas nesse grupo LER, cada uma delas com uma característica diferente, mas que irão levar no final aos sintomas de dor, fraqueza e fadiga das articulações, impedindo a pessoa de trabalhar normalmente.

Alguns dos principais tipos de lesões por esforços repetitivos são:

Síndrome do Túnel do Carpo
Tendinites dos Extensores dos Dedos
Tenossinovite dos Flexores dos Dedos
Tenossinovite Estenosante ( Dedo em Gatilho)
Epicondilite Lateral
Doença de Quervain

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Síndrome do Túnel do Carpo
O QUE É?

Essa doença é uma forma bastante comum de LER, provocada pela compressão do nervo Mediano, que vem do braço e passa pelo punho, numa região chamada túnel do carpo. Esse nervo é o responsável pela movimentação do dedo polegar, além de promover a sensação nos dedos polegar, indicador e médio na parte da palma das mãos. Devido ao uso excessivo dos dedos e punhos, começa a haver uma inflamação e inchaço das estruturas que passam pelo túnel do carpo, resultando na compressão do nervo mediano. Como resultado, esse nervo passa a ficar mais "fraco", provocando a sensação de formigamento e amortecimento dos dedos das mãos, principalmente dos dedos polegar, indicador e médio. Às vezes, pode dar até a sensação de "choque" sentida nos dedos e indo em direção ao braço. Em geral, os sintomas pioram com o decorrer do dia, principalmente após um dia de trabalho. Alguns pacientes acordam no meio da noite com as mãos amortecidas. Essa doença é comum em mulheres de 30 a 50 anos, e acomete 3 vezes mais o sexo feminino do que o masculino. Normalmente, os sintomas estão presentes nas duas mãos, mas são notados primeiramente na mão dominante.

DIAGNÓSTICO

Para se fazer o diagnóstico da doença é preciso colher os dados de dor nas mãos, a perda de sensibilidade nos dedos, ou formigamento ou mesmo adormecimento dos mesmos. Também é comum o paciente se queixar que não consegue segurar bem as coisas, principalmente fazer o movimento de pinçar. A relação com a profissão tem importância fundamental no diagnóstico. Ao exame físico, um exame de grande importância é a manobra de Phalen, em que se pede para o paciente colocar as mãos em flexão, ou seja, com os dedos voltados para baixo, e unir dorso contra dorso das mãos, durante um minuto. Os cotovelos devem ficar num ângulo de 90 graus e na mesma altura dos punhos. A presença de dor ou sintomas de formigamento ou adormecimento aponta fortemente para o diagnóstico de Síndrome do túnel do carpo. Outro teste é o chamado teste de Tinnel que consiste da compressão do nervo mediano no trajeto dele pelo túnel do carpo. A presença de dor indica a presença da síndrome do túnel do carpo. Caso seja necessário, poderá ser feito um teste para medir a condução do nervo mediano, para ver se está normal ou não. Os exames de raio-X das mãos são importantes para afastar as outras causas de dor nas mãos, como artrites, tumores ou fraturas ósseas.

TRATAMENTO

O tratamento se baseia no uso de antinflamatórios, como o ibuprofeno, para aliviar a dor bem como a inflamação das estruturas envolvidas. Também o uso de munhequeiras ajuda a manter a articulação dos punhos fixa, aliviando assim a dor. O repouso é uma das melhores formas de tratamento e muitas vezes o paciente deve ficar alguns dias sem trabalhar as articulações para haver a diminuição completa da inflamação. Também pode ser administrada a vitamina B6 para melhorar as condições do nervo. Em casos mais severos, poderão ser utilizados corticóides injetados diretamente nas articulações afetadas. Nos casos em que há grande comprometimento do nervo mediano está indicada a cirurgia para a descompressão do mesmo. Essa cirurgia leva a uma melhora dos sintomas em 95% dos casos.

PREVENÇÃO

A medida mais importante é evitar usar as articulações durante muito tempo. Dê umas paradas no serviço para relaxar a musculatura das mãos e dedos. Outro fator importante é a posição em que você está trabalhando. Para aqueles que usam computadores ou máquinas de escrever, é muito importante a posição em que você está sentado. Os pés devem ficar paralelos ao chão, as pernas devem ficar flexionadas no joelho, sendo que a coxa forme um ângulo de 90 graus com as costas. A cadeira deve ser bem confortável e as costas devem estar apoiadas no encosto. Os braços devem ficar na mesma altura do teclado, sendo que as mãos ficam também no mesmo nível, não forçando assim os punhos. Coloque a tela do computador de modo que você fique a uma distância de 40 a 60 centímetros dela e sua visão direta forme um ângulo de 15 a 30 graus com a mesma.
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Tendinites dos Extensores dos Dedos
O QUE É?

Tendões são estruturas que se parecem com cordões extremamente fortes, responsáveis pela fixação dos músculos nos ossos. Toda vez que o músculo se contrai, os tendões se esticam, dando-se assim o movimento desejado. O termo tendinite significa uma inflamação dessas estruturas, em geral causada por excessivo uso daquela articulação envolvida. A tendinite pode ocorrer em qualquer articulação, mas é mais comum nos punhos, nos joelhos, ombros e cotovelos. Devido à inflamação, a pessoa irá apresentar dor quando movimentar as articulações em questão. No caso das mãos, possuimos um grupo de músculos que estendem os dedos e as mãos, e os respectivos tendões passam pela parte dorsal das mãos. Da mesma forma que para a síndrome do túnel do carpo, o uso excessivo e repetitivo de certa articulação irá provocar o inchaço das estruturas presentes nas costas das mãos, provocando dor ao movimento dos dedos e punhos.

DIAGNÓSTICO

Pode ser feito através da queixa do paciente que revela dor na parte dorsal da mão, principalmente após o uso excessivo daquelas articulações. O paciente pode se queixar de fraqueza nas mãos bem como sensação de queimação em vez de dor.

TRATAMENTO

O tratamento indicado é o uso de antinflamatórios e repouso da articulação envolvida.

PREVENÇÃO

É preciso tomar cuidado com a posição em que se está sentado, observar a posição dos braços e mãos, principalmente para aqueles que trabalham com computadores e máquinas de escrever. Os punhos devem sempre ficar numa posição confortável, evitando que eles fiquem desalinhados com os braços e o teclado. Da mesma forma, pare o seu trabalho de tempos em tempos para relaxar a musculatura e os tendões.
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Tenossinovite dos Flexores dos Dedos
O QUE É?

Os tendões flexores dos dedos estão presentes na parte da palma das mãos. Esses tendões estão recobertos por uma bainha chamada sinovial, que faz com que a contração do músculo fique mais "macia". Quando ocorre a inflamação dessa bainha sinovial, usa-se o termo tenossinovite, no caso dos tendões que fazem a flexão dos dedos. Devido à inflamação da bainha, quando houver contração do músculo para movimentar os dedos, aparecerá o sintoma de dor local, e o movimento das mãos não será bem realizado.

DIAGNÓSTICO

O paciente irá se queixar dor e inflamação na parte interna da mão, principalmente quando fizer o movimento de flexão dos dedos (quando a pessoa fecha as mãos, por exemplo)

TRATAMENTO

Da mesma forma, usa-se antinflamatórios para aliviar a dor e inflamação, bem como é indicado o repouso das articulações envolvidas.
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Tenossinovite Estenosante
(Dedo em Gatilho)
O QUE É?

Essa doença envolve os tendões flexores dos dedos das mãos, que passam por túneis dentro dos dedos. Se houver a formação de um nódulo sobre o tendão ou ocorrer um inchaço na bainha que o cobre, ele então se tornará mais largo, ficando comprimido nos túneis por onde ele passa. Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir um estalo ou escutar um barulho na articulação envolvida, principalmente no meio dos dedos.

DIAGNÓSTICO

Pode ser feito através dos sintomas apresentados, bem como a referência de que a pessoa trabalha em serviços que requerem o uso da palma das mãos e o movimento de fechar os dedos, como carimbar e grampear, em movimentos repetitivos e por longos períodos.

TRATAMENTO

O tratamento mais indicado para este problema é o uso de antinflamatórios e repouso das articulações.

PREVENÇÃO

Evitar o uso repetitivo das articulações, se possível usar um grampeador elétrico ou que ele seja acolchoado para evitar que a palma das mãos se force. A mesma coisa é válida para os carimbos. Também podem ser usadas luvas com gel para que amorteçam a batida contra a palma das mãos.
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Epicondilite Lateral
O QUE É?

Essa doença é conhecida como tennis elbow (cotovelo de tênis) e é causada pela inflamação das pequenas protuberâncias dos ossos do cotovelos, os chamados epicôndilos. Neste caso, os ossos envolvidos são os epicôndilos laterais, ou seja, da parte de fora do braço. Apesar do nome, poucos tenistas apresentam essa doença, sendo mais comum em pessoas que trabalham levantando peso, donas de casa, pessoas que fazem trabalhos manuais e que trabalham em escritórios. Alguns músculos que promovem a retificação do punho e dos dedos são presos pelos tendões no epicôndilo lateral do cotovelo. Quando houver um uso excessivo dessas estruturas, começará a se desenvolver uma inflamação das mesmas, iniciando os sintomas de dor.

DIAGNÓSTICO

O paciente pode se queixar de dor aguda quando roda o antebraço. Em geral, a pessoa vai notando que a dor vai aumentando gradativamente conforme o uso das articulações, como ao abrir latas, ou ao abrir as fechaduras das portas ou mesmo quando vai parafusar alguma coisa. As outras doenças que causam inflamação e inchaço das juntas, como artrite, etc...devem ser afastadas.

TRATAMENTO

Em geral é feito com o repouso da articulação em questão e com o uso de antinflamatórios. São úteis também os exercícios de alongamento do antebraço e músculos das mãos. Poderá ser usado um suporte para o antebraço, para reduzir a pressão na área afetada. Em casos mais graves, podem ser injetados corticóides no local afetado. Caso não haja melhora, poderá ser indicada cirurgia para alívio dos sintomas.
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Doença de Quervain
O QUE É?

Essa doença decorre da inflamação dos tendões que passam pelo punho no lado do polegar. Se houver um uso excessivo dessa articulação, poderá ocorrer a inflamação desses tendões, dificultando o movimento do polegar e do punho, principalmente quando for pegar algum objeto ou rodar o punho. Em geral as pessoas que trabalham em escritório arquivando documentos, ou datilografando ou escrevendo a mão, em que há uso constante do polegar em direção ao dedo mínimo são as mais propensas a apresentar essa doença.

DIAGNÓSTICO

O paciente irá revelar dor na região do polegar e punho, principalmente se estiver relacionada com profissões acima relacionadas. A manobra de Filkestein é em geral positiva, em que se segura a mão do paciente na parte das costas e leva-se o polegar em direção ao dedo mínimo e faz-se a flexão do punho. O paciente irá apresentar dor na região do punho que poderá se irradiar para o braço.

TRATAMENTO

O tratamento para a doença de Quervain consiste no uso de antinflamatórios e repouso da articulação envolvida.

PREVENÇÃO

Procure relaxar as mãos durante o trabalho. Alterne o uso do polegar direito com o esquerdo quando for digitar a barra de espaço do computador ou máquina de escrever. Sempre sente-se confortavelmente, com os punhos sempre no mesmo nível das teclas. Procure usar canetas e lápis que sejam bem confortáveis nas mãos, para não forçar o polegar. Se você trabalha com uma atividade que faça movimentos de pinçamento, use luvas de borracha e alterne as mãos.
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Fonte: Sua Saúde

modelo de PPRA

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE
RISCOS AMBIENTAIS - PPRA




CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO



SETEMBRO/2008




ÍNDICE


1 Introdução ..........................................................03
2 Empresa .............................................................03
3 Endereço .......................................................... 03
4 Quadro de funcionários ............................................ 03
5 Data do Início do PPRA ............................................. 03
6 Atividade da empresa / setores de trabalho ......................... 04
7 Planejamento anual ................................................. 04
8 Estratégia e metodologia da ação ....................................05
9 Forma de registro e divulgação dos dados ............................05
Forma de registro e manutenção de dados .............................. 05
Divulgação ........................................................... 05
10 Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA ..... 06
Periodicidade da avaliação ........................................... 06
Formas de avaliação .................................................. 06
11 Antecipação dos riscos ............................................ 06
12 Reconhecimento dos riscos existentes .............................. 07
13 Medidas de controle ............................................... 11
14 Registro de dados e informação .................................... 12
Registro de dados .................................................... 12
Informação ........................................................... 12


1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo atender a Norma Regulamentadora nº 09 (NR-9), texto aprovado pela Portaria no 25, de 29/12/1994 (Lei no 6514, de 22 de dezembro de 1994), que estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos Trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais de trabalho, existentes na Empresa, que podem ser mensurados e localizados, definindo ações para atenua-los, extingui-los ou mantê-los sob controle.

2 EMPRESA

Nome Empresarial: LUIZ EDUARDO DUARTE MENDES
Atividade: Consultório Odontológico
Código da Atividade: 2232-08
Grau de Risco: 2 (Dois)
Número de Funcionários: 2
CPF: 306957670-01

3 ENDEREÇO

Rua: Rua Getulino Artiaga s/n
Cidade: Anápolis - GO
Cep.: 75025-020
Fone: (0xx62) 3327-0446

4 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

Setor Número de Funcionários
Masculino Feminino
Serviços Gerais - 01
THD - 01
Total - 02


5 DATA DO INÍCIO DO PPRA

Início: SETEMBRO de 2007.
Atualização: AGOSTO DE 2008..


6 ATIVIDADE DA EMPRESA / SETORES DE TRABALHO

A Empresa tem como atividade Comércio a Prestação de Serviços Odontológicos – Clínica Geral.
A edificação tem uso comercial e é de alvenaria, com dois pavimentos. O Consultório ocupa 01 sala no 1º andar com aproximadamente 50 m2. O teto e paredes são de alvenaria com pintura em PVC de cor clara. A iluminação do ambiente é natural (através de aberturas como portas e janelas) e artificial (através de lâmpadas fluorescentes nos ambientes de trabalho e lâmpadas incandescente em ambientes em que a permanência não é contínua, como nas salas do depósito, sanitário e DML). A ventilação é natural (através das aberturas), e artificial com aparelho condicionador de ar na sala clínica.
O profissional liberal é autônomo e não possui registro como empresa.

7 PLANEJAMENTO ANUAL

PLANEJAMENTO ANUAL
METAS PRIORI-DADES CRONO-
GRAMA
Implantação de ordens de serviço, alertando os empregados sobre os riscos existentes nos locais de trabalho. A
Realizar Treinamentos / Cursos:
Primeiros Socorros, principalmente técnicas de procedimentos de reanimação cárdio-respiratória;
Prevenção e Combate a Incêndios; B
Adequar níveis de Iluminamento, conforme Análise Quantitativa. B
Utilizar cadeiras com ajuste de altura e encosto, mesas para computadores com apoio para antebraço. C
Para Função de Auxiliar de Limpeza utilizar Luva de Látex para Uso Geral. Utilizar Avental Impermeável e Botas de PVC ou Borracha nos trabalhos onde utilizar água (lavação). A
Reuniões para apresentação do PPRA A
Avaliação do PPRA C
PRIORIDADES: A – Medidas executadas em prazo inferior a 3 meses.
B – Medidas executadas com prazo entre 2 e 6 meses.
C – Medidas executadas no período de um ano.
8 ESTRATÉGIA E METODOLOGIA DA AÇÃO

No Programa de Prevenção de Riscos Ambientais seguiram as seguintes etapas:
a) Antecipação e reconhecimento dos riscos;
b) Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) Monitoramento da exposição aos riscos;
f) Registro e divulgação dos dados.


9 FORMA DE REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DE DADOS

9.1 FORMA DE REGISTRO E MANUTENÇÃO DOS DADOS

Todos os dados referentes aos Riscos a que estão expostos os funcionários, são registrados em folhas apropriadas, onde constam:

 Agentes
 Fonte geradora
 Local da fonte geradora
 Trajetórias e meio de propagação
 Função
 Número de trabalhador exposto
 Tipo de exposição
 Tempo de exposição
 Avaliação quantitativa
 Avaliação qualitativa
 Limite de tolerância
 Dados existentes de comprometimento da saúde
 Danos à saúde
 Medidas existentes
 Medidas de controle propostas

9.2 DIVULGAÇÃO

A divulgação do PPRA será feita da seguinte forma:

a) Reunião com os empregados dos diversos setores de trabalho para esclarecimento sobre os riscos que estão expostos.
b) O PPRA ficará à disposição dos trabalhadores interessados e da fiscalização do Ministério do Trabalho.

10 PERIODICIDADE E FORMA DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA

10.1 PERIODICIDADE DA AVALIAÇÃO

Deverá ser efetuada, sempre que necessário, e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

10.2 FORMAS DE AVALIAÇÃO

O PPRA, durante a sua implementação e acompanhamento, deverá ser avaliado através de reuniões com a participação dos empregados e o proprietário.
Outra forma de avaliação do PPRA é por intermédio de planilhas de Auditoria, em formato a critério da Empresa, onde são verificados os diversos itens referentes ao PPRA.

11 ANTECIPAÇÃO DOS RISCOS

“Não está previsto” projetos de Novas Instalações, Métodos ou Processos de Trabalho, ou de Modificação dos já existentes.

12 RECONHECIMENTO DOS RISCOS EXISTENTES

FOLHA 01 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS EXISTENTES DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA
Setor Administrativo Riscos: Ergonômicos e Acidentes
Agentes -Ergonômico: Postura Inadequada e Nível de Iluminamento.
Fonte Geradora Posto de Trabalho, Iluminação Artificial.
Local da Fonte Geradora Ambiente de Trabalho.
Trajetórias e Meio de Propagação Posto de Trabalho.
Função Cirurgião Dentista, THD e Auxiliar de Serviços.
Número de Trabalhador Exposto 03 (três).
Tipo de Exposição Habitual / Intermitente
Tempo de Exposição 40 horas semanais
Avaliação Quantitativa Iluminação: 230 a 502 Lux (Dia) – (conforme tabela de concentração e intensidade do nível de iluminamento do LTCAT)
Ruído: menor 60 dB(A)
Avaliação Qualitativa Cadeiras e Mesa Inadequadas, Iluminação Insuficiente.
Limite de Tolerância Iluminação: 500 Lux (Mínimo) Para Mesa de Trabalho
Ruído: 65 dB(A) Para 8 Horas de Exposição (Diária)
Dados Existentes de Comprometimento da Saúde Não Há Registro
Danos à Saúde Comprometimentos Osteomioarticulares, LER-DORT, Falta de Concentração e Raciocínio, Fadiga Visual. Ferimentos diversos, Lesões ou Morte.
Medidas de Controle Existentes Não Há
Medidas de Controle Propostas Utilizar cadeiras com ajuste de altura e encosto, mesas para computadores com apoio para antebraço.Utilizar Filtro de Tela Anti-reflexo.

FOLHA 02 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS EXISTENTES DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA
SALA CLÍNICA Riscos: Ergonômicos; Químicos; e Biológicos.
Agentes - Ergonômico: Postura Inadequada e Nível de Iluminamento
- Químico: Álcalis Cáusticos.
- Biológicos: Microorganismos Patológicos.
- Radiação Ionizante.
Fonte Geradora Posto de Trabalho e Iluminação Artificial; Limpeza Pesada, Limpeza de Sanitários, Limpeza de Equipamentos. Recolhimento de Lixo. Aparelho de Rx periapical.
Local da Fonte Geradora Ambiente de Trabalho.
Trajetórias e Meio de Propagação Contato com o corpo
Função Cirurgião Dentista, THD e Auxiliar de Serviços.
Número de Trabalhador Exposto 03 (três)
Tipo de Exposição Habitual / Intermitente
Tempo de Exposição 40 horas semanais
Avaliação Quantitativa Iluminação: 110 a 520 Lux (Dia) – (conforme tabela de concentração e intensidade do nível de iluminamento do LTCAT)
Ruído: menor 70 dB(A)
Avaliação Qualitativa Manuseio de Medicamentos de uso Clínico e Produtos de Limpeza.
Limite de Tolerância Iluminação: 150 Lux (Mínimo)
Ruído: 85 dB(A) Para 8 Horas de Exposição (Diária)
Dados Existentes de Comprometimento da Saúde Não há Registro.
Danos à Saúde O contato repetido dos produtos de limpeza com a pele exposta das mãos, pode causar dermatose ocupacional e produtos ácidos de uso clínico podem causar queimaduras.
Medidas de Controle Existentes Não Há, Não utiliza Avental e Não utiliza Luvas de Látex.
Medidas de Controle Propostas Utilizar Luva de Látex para Uso Geral. Utilizar Avental impermeável e Botas de PVC ou borracha nos trabalhos onde utilizar água (lavação).

13 MEDIDAS DE CONTROLE

Setor / função Medidas de controle a serem tomadas
Todos os setores - Curso de Primeiros Socorros.
- Curso de Prevenção e Combate a Incêndios.
- Adequar Níveis de Iluminação Conforme Tabela de Concentração e Intensidade do Nível de Iluminamento do LTCAT.
Administrativo Utilizar cadeiras com ajuste de altura e encosto, mesas para computadores com apoio para antebraço. Utilizar Filtro de Tela Anti-reflexo.
Para Função de Auxiliar de Limpeza utilizar Luva de Látex para Uso Geral. Utilizar Avental impermeável e Botas de PVC ou borracha nos trabalhos onde utilizar água (lavação).
Sala Clínica Utilizar mocho com ajuste de altura e encosto.
Curso de primeiros socorros, principalmente técnicas de reanimação cárdio-respiratória. Verificar Aterramento dos Equipamentos. Evitar contato com circuitos energizados e na impossibilidade utilizar luvas de borracha e ferramentas isoladas. Guardar pilhas e baterias para descarte. Deverá ser instalado dispositivo diferencial (DR) corrente 30 mA, nos circuitos de alimentação das bancadas de trabalho.



14 REGISTRO DE DADOS E INFORMAÇÃO

14.1 REGISTRO DE DADOS

O Registro do PPRA será feito da seguinte forma:
a) Manter um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do PPRA.
b) Manter este registro por um período de no mínimo 20 anos.
c) O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes.

14.2 INFORMAÇÕES

- Os Trabalhadores Interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de assegura a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA.

- Os Empregadores deverão informar os Trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.

- Sempre que vários Empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando à proteção de todos os Trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados.

- O Empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais Trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências.


Anápolis , 22 de setembro de 2007.


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Maria Aparecida Souza Maria do Rosário Costa








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LUIZ EDUARDO DUARTE MENDES
EMPREGADOR